Há 30 anos, o modo de acesso à informação mudou e garantiu a massificação da internet. Graças ao cientista inglês Tim Berners-Lee, as páginas na web puderam ter textos, imagens e outros recursos que são utilizadas até a atualidade. Por meio de um protocolo, surgiu a World Wide Web, ou o famoso WWW que revolucionou completamente a era digital.
Com o passar do tempo, a modernização permitiu que esse processo fosse feito por meio de outros aparelhos, saindo de computadores enormes para celulares que cabem na palma de uma mão. Segundo o analista de sistemas Josafá Mandulão, a internet já existia havia algum tempo apenas nos meios militares e depois, com ferramentas, a rede mundial surge em 1989, permitindo que o público pudesse ter acesso a outras formas de conteúdo.
“Ele imaginava as páginas da internet como são hoje, texto com hiperlinks, que quando clicava ia para outra página ou imagem. Isso é o grande diferencial. A internet antes tinha uma finalidade apenas de acessar documentos de outros lugares. Computador não estava disponível para todo mundo”, disse.
O analista explicou que mesmo com a mudança na forma de acesso atualmente, a ferramenta do WWW continua a mesma e somente no caso de romper todos os cabos de fibra óptica do mundo a ideia de Berners-Lee deixaria de existir.
“Tem coisas boas e ruins. Antes, para implantar uma notícia falsa havia maior dificuldade. Hoje, qualquer pessoa pode publicar e espalhar rapidamente”, continuou.
Com esse acesso mais fácil, as grandes empresas de comunicação passam a investir cada vez mais em infraestrutura para conseguirem um público maior e, assim, mais lucro. Além disso, há pessoas que também veem essa porta de entrada como um meio de conseguir informações de maneira ilícita.
Mandulão ressaltou que hoje, com aplicativos em smartphones que se diferem do WWW, caracteriza-se a internet 3.0, além da mudança de comportamento da própria ferramenta, em que a informação já aparece para a pessoa após ela ter dado qualquer indicativo de interesse em um determinado assunto.
“Estamos vivendo a era da inteligência artificial e o próximo passo é o que chamam de internet em outros equipamentos, como relógios e roupas. Isso seria a 4.0, mas muitos especialistas divergem e dizem que ainda é reflexo da 3.0. Nesse processo todo, temos sempre que analisar quem manda na internet”, completou.