O furto de hidrômetros tem crescido este ano em Boa Vista. Só em janeiro e fevereiro e na primeira quinzena deste mês, já foram exatos 80 aparelhos de medir o consumo de água que foram retirados de residências da capital. Os dados são da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr).
Segundo informou a empresa, em todo o ano de 2018 foram 103 hidrômetros furtados, o que gerou um prejuízo de pelo menos R$ 15.534. Este ano, foram furtados 33 em janeiro, 38 em fevereiro e 9 até 15 de março, somando prejuízo de pelo menos R$ 12.065,60 para a Caerr. Cada hidrômetro custa, em média, R$ 43. Somando-se ao material (conexões hidráulicas) e a mão de obra, resulta em um custo total de R$ 152,82 por aparelho.
Ainda pelos dados da empresa, os furtos ocorreram em diversos bairros. Os maiores registros estão no Centenário, Cinturão verde, Pintolândia, Caimbé, Mecejana, Senador Hélio Campos e Aparecida.
Na semana passada, foram 16 hidrômetros roubados na Rua São Camilo, no bairro Cinturão Verde.
“Minha esposa ligou informando que estávamos sem água. Achei até que poderiam ter cortado, mas quando os funcionários da Caerr foram ver estava sem o hidrômetro”, disse o morador Eduardo Figueiredo. “Depois, ficamos sabendo que mais 15 vizinhos também haviam sido vítimas do mesmo tipo de crime.
Registrei queixa na polícia”, afirmou.
Nestes casos, a Caerr substitui o hidrômetro sem ônus algum para o cliente. Mas para isso o usuário precisa comparecer até a empresa levando o boletim de ocorrência para que seja feito o registro de atendimento e providenciada a substituição de imediato.
“A Caerr ressalta que é imprescindível que o cliente registre o boletim de ocorrência e faça a denúncia junto às autoridades, se identificar alguma pessoa próxima ao hidrômetro, que não esteja com a identificação da companhia. Essa é a maneira mais eficaz de prevenir esse tipo de crime”, informou a empresa em nota.
A Caerr salienta que já entrou em contato com a Polícia Civil informando sobre o aumento no número de furtos de hidrômetro para que providências sejam adotadas no sentido de identificar os criminosos.
A Folha entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado para saber detalhes sobre furtos de hidrômetros na capital e que providências estão sendo tomadas, mas não houve retorno.