Com a nova política de preços aplicada desde 2017, que acompanha as cotações internacionais de combustíveis, a Petrobras anunciou o sétimo reajuste no mês no preço da gasolina nas refinarias. O novo valor do litro passa de R$ 1,8235 para R$ 1,8326, um aumento de 0,5%. Desde janeiro até esta terça-feira, 19, o aumento acumulado foi de 27,8%.
A aplicação do valor nas bombas de gasolina é defendida pelo livre mercado, ou seja, o reajuste pode ser aplicado ou não para os consumidores. Entretanto, em Boa Vista, o aumento já pode ser sentido no bolso dos condutores. Na última semana, o litro da gasolina estava sendo comercializado a R$ 3,88 no pagamento em dinheiro ou cartão de débito.
O valor subiu e chegou a R$ 4,09 na maior parte dos postos de combustíveis da capital. As placas que informam a promoção mantêm o mesmo preço para o pagamento à vista, de R$ 3,97 a R$ 3,99. A gasolina aditivada chega a custar R$ 4,02 com a mesma forma de pagamento, mas pode chegar a R$ 4,20 no cartão de crédito em um posto do bairro Buritis.
Já o preço do diesel será reduzido em 1,95%, conforme divulgado pela estatal, quando sai de R$ 2,1871 para R$ 2,1446 o litro. Contudo, no ano, houve um acúmulo de 18,5%. Nos postos de combustíveis de Boa Vista, o valor chega a R$ 3,67 no crédito e R$ 3,55 à vista. Para o diesel comum S-10, a média é de R$ 3,63 só no dinheiro e R$ 3,35 no cartão.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) emitiu nota informando que zela pelo livre mercado e que os preços da gasolina nos postos de combustíveis estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras.
“Ou seja, se elas aumentam, geralmente, os postos também repassam os custos. Isso se dá ao funcionamento da cadeia de combustíveis, composto por refinarias, distribuidoras e postos”, relatou a nota.
Em meio a tanto aumentos, a população já começa a tomar medidas para evitar mais custos no final do mês. Segundo a bioquímica Wanda Cavalcante, ela dirige mantendo a mesma velocidade para que tenha o menor desperdício possível. Para a farmacêutica Maria Sousa, foi preciso mudar a rotina para se adequar ao novo preço.
“Acho um absurdo, já que o salário não é reajustado com essa velocidade. Para economizar, abri mão do meu horário de almoço porque meu marido e eu temos horários diferentes nos nossos locais de trabalho. Ele só sai às 13h30 e eu às 12h, então espero ele sair para almoçarmos juntos”, lamentou.