
Os deputados federais Nicoletti e Pastor Diniz, do União Brasil, foram os únicos políticos de Roraima a participar do ato de Jair Bolsonaro (PL) para pedir perdão aos envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
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Ao todo, o protesto realizado na tarde deste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 44,8 mil apoiadores do ex-presidente, segundo o Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). Para a organização, foram 400 mil.
Em vídeos na Avenida Paulista, Nicoletti provoca a esquerda: “flopou?”. O deputado ainda afirmou que pessoas condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no 8 de Janeiro são injustiçadas. “Nós precisamos de força do povo pra poder lutar e combater essas injustiças”, declarou.
Pastor Diniz, que postou foto ao lado de Bolsonaro, entende que as penas impostas aos condenados são injustas e que houve omissões na investigação. “Teve atos de vandalismo? Teve. As câmeras – que a grande maioria foram retiradas do processo e não foram entregues – mostram quem foram os verdadeiros culpados ali”, analisou.
Outros políticos no ato
Dos políticos presentes, também estavam sete governadores: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Júnior (Paraná), Jorginho Mello (Santa Catarina), Wilson Lima (Amazonas) e Mauro Mendes (Mato Grosso).
Dos senadores, estavam Flávio Bolsonaro, Sérgio Moro (União Brasil-PR), Jorge Seif (PL-SP), Marcos Pontes (PL-SP) e Tereza Cristina (Progressistas-MS). Dos deputados federais, participaram Nikolas Ferreira (PL) e Hélio Lopes (PL-RJ).
O ato
O protesto foi marcado por referências à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou “perdeu, mané” na estátua que simboliza a Justiça, em frente ao STF, com batom. O ministro Alexandre de Moraes propôs uma pena de 14 anos de prisão para ela, que foi para prisão domiciliar e responde ao processo em liberdade desde o mês passado.
Bolsonaro, que há duas semanas se tornou réu por tentativa de golpe de Estado em 2022, também seria beneficiado com o perdão político, mas coloca em primeiro plano a defesa das “velhinhas com bíblia na mão” e “pessoas humildes” que estão presas responsabilizadas pela invasão.
Durante a manifestação, com paródias sertanejas e ao estilo “pancadão”, a máxima de que “não houve golpe” foi repetida incansavelmente pelos políticos que discursaram.
*Com informações do Estadão Conteúdo