
Com o objetivo de obter o reconhecimento de área livre da peste suína clássica (PSC), o Estado de Roraima recebeu, nesta quinta-feira (10), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir estratégias de erradicação da doença. A reunião foi realizada no auditório da Superintendência Federal da Agricultura e contou com a presença de instituições públicas estaduais ligadas ao setor agropecuário.
A visita técnica faz parte do Plano Nacional Brasil Livre de PSC, que integra o Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS). O plano tem como meta eliminar a peste suína em todo o território nacional. Ou seja, o objetivo é garantir a sanidade da produção suinícola e permitir a comercialização dos animais dentro e fora do país.
De acordo com a coordenadora-geral dos Programas Sanitários do Mapa, Lia Coswing, a ausência de status oficial como área livre compromete o avanço da suinocultura em Roraima. “Essa doença impede a comercialização da produção suinícola. Por isso, estamos alinhando ações com os técnicos do Estado para assegurar a sanidade dos rebanhos”, afirmou.
A equipe técnica federal está avaliando as condições locais de criação de suínos. Segundo o médico-veterinário Murilo Dias, chefe do Programa de Sanidade Suína da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), o foco é compreender o perfil das granjas. Eles estão verificando se as granjas são de subsistência ou produção tecnificada para traçar um plano conjunto de atuação.
“Eles vieram entender como se dá a criação no Estado. Querem saber se temos reprodutoras ou granjas tecnificadas para então definirmos as estratégias. O objetivo é alcançar o status de área livre da PSC”, explicou.
Importância da comprovação laboratorial
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Roraima não possui registros da doença, mas precisa de comprovação laboratorial para receber o reconhecimento. “A última sorologia foi feita em 2022 e não apontou a presença da doença, mas novas análises são necessárias”, acrescentou Dias.
A expectativa, segundo o Mapa, é de que novas coletas sorológicas sejam realizadas no segundo semestre. Isso ocorrerá nos Estados que integram o segundo bloco do plano nacional: Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima.
Participaram da reunião representantes da Aderr, Secretaria dos Povos Indígenas (Sepi), Federação da Agricultura do Estado de Roraima (Faerr), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Iater) e Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi).