Cotidiano

Hoje é o Dia Internacional da Mulher

Saiba as razão do 8 de Março ser considerado o Dia da Mulher em todo o mundo

Em 1857, no dia 8 de Mar?o, trabalhadoras de uma ind?stria de tecidos em Nova Iorque, decidiram fazer greve por melhores condi??es de trabalho. A jornada era de 16 horas di?rias e a remunera??o era tr?s vezes menor do que a dos homens, pelo mesmo servi?o. Como uma forma de repres?lia, a pol?cia trancou as mulheres dentro da f?brica e iniciou um inc?ndio. Centenas de mulheres morreram no local carbonizadas.
Em 1910, em homenagem à essas mulheres que perderam a vida por igualdade, a Conferência Internacional Feminina da Dinamarca estipulou o dia 08 de Março como o Dia Internacional da Mulher.
Hoje em dia, a data se tornou uma comemoração festiva em homenagem às mães, irmãs, esposas e filhas. O 8 de Março virou símbolo da força da mulher e do seu constante crescimento, seja como parte da maioria populacional do Brasil ou cada vez mais ganhando  o seu espaço no mercado de trabalho. A luta por igualdade, no entanto, continua.

Segundo relatório das Nações Unidas (ONU) que avaliou a equidade de gênero em 167 países,  serão necessários 81 anos para se alcançar a paridade de gênero na economia e 50 anos para a igualdade na representação parlamentar.
O levantamento é um balanço da aplicação das normas adotadas pelos países na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, em Pequim, na China, há 20 anos. Lá, foi pactuada uma plataforma de ação para ser cumprida pelos governos, iniciativa privada e sociedade.
“Há uma lacuna decepcionante entre as normas e a implementação da Plataforma de Ação de Pequim, e um fracasso coletivo de liderança nos progressos para as mulheres”, disse a diretora executiva da agência da ONU para Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, na sexta-feira (6). “Os líderes com poder para fazer essas ações falharam com mulheres e meninas”, avaliou.
Em 1995, 189 países assinaram a Plataforma de Ação de Pequim. De la para cá, a ONU mostra que houve poucos progressos para acabar com leis discriminatórias, aprovar leis contra a violência dirigida a mulheres e meninas. No entanto, a ONU reconhece que caiu a mortalidade materna, aumentou o número de jovens em escolas primárias e a participação de mulheres mercado de trabalho.
“Os ganhos contrastam com o fato de, apesar da melhoria de educação, as mulheres têm alguns dos piores empregos, enquanto o fosso salarial entre os gêneros é um fenômeno mundial”, diz a agência, em comunicado divulgado pela ONU Mulheres. A estimativa é que elas ganham salários 77% menores do que o dos homens.
“Deixe-me sugerir três requisitos essenciais [para equidade de gênero]: vontade e liderança política inabaláveis; aumento dos investimentos na agenda para as mulheres e meninas e uma forte responsabilização que inclui a sociedade”, diz a diretora Phumzile Mlambo-Ngcuka.

Com informações da Agência Brasil