Cotidiano

Confira dicas para economizar na hora das compras

Pechinchar os preços sempre que possível pode ajudar a reduzir impacto da alta no orçamento

A alta dos preços tem feito com que muitos brasileiros planejem melhor na hora de gastar o seu dinheiro. No ano passado, o Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,41%. Para este ano a expectativa é que fique por volta de 7,5% – puxado pela alta dos preços administrados, como energia e combustíveis, que teriam sido “represados” em 2014.

Confira abaixo as principais dicas para quem deseja economizar na hora de realizar as compras:

Invista

Quanto maior a inflação, mais se perde ao deixar o dinheiro poupado parado e maior deve ser a remuneração de um investimento para que se consiga obter ganhos reais com ele.

Diante da atual volatilidade do cenário econômico, muitos analistas financeiros têm recomendado investimentos em renda fixa, como títulos do tesouro ou fundos de investimento e outros produtos financeiros atrelados a esses títulos (LCI, LCA e CDB).

“E como a expectativa é que os juros parem de subir entre abril e meados do ano, a preferência seria pelos pré-fixados”, diz Michael Viriato, professor do Insper.

A poupança, apesar da vantagem de ser isenta de Imposto de Renda e taxas de administração, perde cada vez mais atratividade com a alta dos juros. “No ano passado, por exemplo, quem investiu em poupança teve um ganho real de cerca de 0,6%, quase nada”, diz Viriato.

No passado os imóveis já foram considerados uma boa proteção contra a inflação. Para Eid, porém, as perspectivas ruins para o crescimento da economia, que devem frear o mercado imobiliário, tornam a opção menos atrativa.

“Os imóveis foram um bom investimento há alguns anos porque se valorizaram bastante, mas isso foi algo pontual. Hoje não recomendo como investimento”, concorda Viriato.

Negocie aumentos

Para que o dinheiro continue (ou comece) a sobrar no final do mês, mesmo com a alta dos preços, especialistas recomendam que, sempre que possível, se negocie os aumentos de produtos e serviços consumidos.

“Se os aumentos da escola de seu filho não são razoáveis – se são de 10%, 20% muito mais altos que a inflação oficial (de 6,41%), vale a pena se juntar com outros pais para questionar o porquê desse aumento e pedir uma redução”, diz o economista Samy Dana, da FGV.

Pesquise preços

Hoje, não só a inflação em patamares mais baixos facilita a comparação, como a internet é um grande aliado de quem quer se proteger da alta de preços.

As pessoas podem não só entrar no site das empresas para conferir preços, como também há uma série de apps e sites em que as pessoas podem comparar diversos lugares.

Substitua itens de consumo

Uma forma de reduzir o impacto da inflação sobre o seu orçamento é cortar os produtos que você percebe que estão ficando mais caros e substituí-los por outros produtos ou similares de outras marcas.

Viriato, do Insper, dá o exemplo do item “alimentação fora de casa” um dos que mais subiu no ano passado, segundo o IBGE.

“Pode ser difícil para o trabalhador levar almoço para o trabalho – ele vai ter de cozinhar, transportar e guardar o almoço em algum lugar. Mas se ele conseguir levar ao menos o lanche, provavelmente terá mais dinheiro no fim do mês”, diz.

Compras coletivas

Segundo Dana, outro recurso que pode ajudar os consumidores a driblar a alta de preços são as compras coletivas nos clubes de compras e ‘atacarejos’ – lojas que vendem no atacado para pessoas físicas.

Um dos cuidados que devem ser tomados por quem adota por essa opção, porém, é checar o prazo de validade dos produtos. Também é preciso considerar que alguns clubes de compras cobram uma anuidade de seus associados.

Estoque produtos baratos

Para alguns consultores, vale à pena comprar em grande quantidade um produto que a família consome com frequência se ele for encontrado em promoção.

É claro que não é todo produto que pode ser estocado. E também é preciso medir bem as quantidades, para evitar o desperdício.

Fonte: BBC Brasil