O governo do Estado vai receber aproximadamente R$ 11 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública. Os recursos devem ser usados para intensificar o combate à corrupção, aos crimes violentos, como homicídios e latrocínios, e às organizações criminosas, que também têm agido nas fronteiras.
À Folha, por telefone, o secretário estadual de Segurança Pública, Márcio Amorim, informou que estão sendo estabelecidos os critérios do plano para o setor que será levado para votação na Assembleia Legislativa. Ele participou ontem à tarde, 8, na capital amazonense, de um evento sobre integração das polícias.
“Vamos retomar o programa de câmaras de segurança na cidade e fazer uma muralha digital numa parceria público-privada que terá a participação de empresários, da Febraban [Federação Brasileira de Bancos] e da Fecomércio [Federação do Comércio de Roraima], e contar com o apoio da Sejuc [Secretaria de Justiça e Cidadania], que deve se tornar uma subsecretaria de administração penitenciária e manter a ordem nos presídios, sem entrar no mérito das ações, mas fomentar a integração entre PM e Civil”, afirmou.
Ele informou que no máximo em 60 dias o plano deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Uma vez liberados, os recursos serão geridos pela Secretaria de Segurança e pelo Conselho Gestor, este formado pelos comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros, e pelo delegado-geral e o próprio Amorim, que vai presidir o conselho.
Pelo projeto, para que a Sesp possa receber os recursos federais, ainda serão criados o Fundo Estadual de Segurança Pública, bem como as diretrizes do Plano Estadual de Segurança Pública.
“Esses recursos são verba carimbada e serão divididos de forma igualitária para a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, com R$ 3 milhões para cada um e R$ 2 milhões para a Sesp”, disse. “Eles só poderão ser usados para o que estiverem destinados no Plano Estadual, como capacitação para os agentes, compra de equipamentos, inteligência policial, câmeras de segurança na cidade e nas fronteiras e integração com o Amazonas, seguindo o Plano Nacional”, afirmou.
Outro ponto destacado pelo secretário foi quanto à criação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) em parceria com a Polícia Federal que vai garantir recursos e troca de informações com as policias estaduais no combate ao crime organizado.
“Isso vai garantir os melhores policiais, pagamentos de diárias, combustível e viaturas no combate ao crime organizado no Estado”, assegurou.