Cuidadores da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) realizam paralisação nesta terça-feira, 09, por melhores condições de trabalho. A principal reclamação é sobre o aumento da carga horária de 30h para 40h semanais dos profissionais que atuam nas escolas de ensino fundamental e no pró-infância, o sistema de creche da Capital.
O ato acontece em frente à Secretaria Municipal de Educação (SMEC), onde servidores municipais se reúnem com placas e cartazes. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), Sueli Cardozo, a recente mudança da carga horária atingiu somente estes profissionais.
“Desde janeiro a Prefeitura editou um decreto aumentando a carga horária dos cuidadores para 40h. O contrato é de 40h semanais, entretanto, a Prefeitura tem outro decreto desde 2015 que estabeleceu que todos os servidores da Prefeitura trabalhariam somente as 30h semanais. Então, a Prefeitura alterou o decreto criando uma distinção para essa categoria”, explica.
A presidente do Sitram reforça que a alteração impôs vários problemas aos funcionários por conta da falta de profissionais suficientes para atender a demanda dos alunos. Além disso, os cuidadores também afirmam que com o aumento, há a ausência de cumprimento de algumas determinações do regime de trabalho, no caso, a pausa para almoço de duas horas e perícia nos locais de serviço.
“O cuidador que trabalha em uma Casa Mãe e que trabalha oito horas, teria que ter direito de um intervalo para o almoço de duas horas. Eles não têm duas horas de almoço, eles têm uma hora, diferente dos demais profissionais”, completou Sueli.
A cuidadora Maria da Conceição ressaltou que no momento, a paralisação é de advertência, mas que os trabalhadores não descartam a adoção de medidas mais severas. “A gente está em uma paralisação pacífica, de advertência, mas se não acontecer nada, os cuidadores vão começar a adoecer. Os cuidadores também precisam ser cuidados”, alertou.
OUTRO LADO – A FolhaWeb entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista para saber se a administração municipal quer se pronunciar sobre a paralisação e aguarda retorno. (P.C.)