Foi lançada nesta quarta-feira, 10, a Campanha Nacional de Combate à Gripe em Roraima, e de acordo com a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), o Estado recebeu 25.100 doses da vacina do Ministério da Saúde (MS).
Além dos brasileiros que estão dentro do público-alvo, os venezuelanos em situação de abrigamento também serão beneficiados com a campanha, conforme explicou Lincoln Valença, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) de Roraima.
“Existe uma grande preocupação em não ter suprimento vacinal para toda a população que reside atualmente no estado de Roraima. Então é importante dizer que houve uma negociação com o Ministério da Saúde, nós contabilizamos todas as pessoas que estão abrigadas dentro das faixas-etárias de vacinação prioritária, e para isso nós recebemos um aporte vacinal extra”, destacou.
Inicialmente, segundo Valença, a campanha seria lançada somente no dia 15, entretanto, após negociação, o Ministério da Saúde autorizou a antecipação para hoje. Até o momento, segundo a própria CGVS, três casos de H1N1 foram contabilizados no Estado.
“Outra coisa que é importante dizer que além de considerar como reais os números [de entrada de imigrantes] apontados pela Polícia Federal, o Estado se preocupou em negociar antecipadamente com o MS mais um aporte extra para essa população possivelmente não contabilizada”, completou.
Fazem parte do grupo prioritário da campanha as crianças de seis meses a cinco anos, gestantes de qualquer idade, puérperas com até 45 dias após o parto, professores, trabalhadores do sistema prisional, pessoas privadas de liberdade (incluindo adolescentes que cumprem medida socioeducativa), idosos a partir de 60 anos, pessoas com doenças crônicas e povos indígenas. A expectativa é que a campanha atinja 90% do público-alvo.
ÁREAS INDÍGENAS E PERDA DE RECURSOS – O coordenador do DVE também externou preocupação com relação a vacinação com os povos indígenas. Segundo ele, a aplicação das vacinas desse público não é contabilizada oficialmente, o que acaba resultando em perda de recursos para as campanhas de imunização do Estado.
“Nós temos a maior população indígena do país e nenhuma das doses que são aplicadas nas áreas indígenas são contabilizadas. Essa é uma pauta que frequentemente levamos ao Ministério da Saúde, para justamente auxiliar nas negociais para melhorar as coberturas vacinais. O estado de Roraima não pode ser penalizado com perda de recursos por conta da dificuldade de comunicação que o próprio ministério possui”, salientou.
A matéria completa você confere na Folha Impressa desta quinta-feira, 11.
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