O pensamento sustentável tem atraído cada vez mais pessoas que procuram um estilo de vida mais saudável e de bem com o meio ambiente. Nesse cenário, o mercado brasileiro de orgânicos faturou R$ 4 bilhões somente no ano passado, um resultado 20% superior a 2017. Os dados do Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) foram baseados em cerca de 60 empresas do setor e publicados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na América Latina, o Brasil é destaque no mercado orgânico, porém fica em terceiro na região em relação à extensão de terras destinadas à agricultura desse tipo de produto. Roraima segue os passos de crescimento na área, com cerca de 50 produtores atuantes divididos em sete organizações de controle social (OCS).
A maior parte está concentrada em Boa Vista, seguido de nove em Rorainópolis e Pacaraima, com apenas um produtor. De acordo com o superintendente do Mapa em Roraima, Plácido Alves, redes de supermercados já demonstram interesse em comercializar os produtos orgânicos roraimenses, mas a falta de selo certificado ainda impede que o comércio avance.
No começo, era apenas uma feira orgânica em Boa Vista. Atualmente, são três, que se concentram geralmente na Praça do Caçari, Roraima Garden Shopping e na Avenida Capitão Júlio Bezerra.
“O orgânico tem conquistado cada vez mais o consumidor para sua dieta. É um mercado crescente e querem produzir mais”, relatou.
Alves justificou que ainda existem algumas barreiras em relação à produção desses produtos por justamente não terem contato com qualquer tipo de uso de agrotóxico.
“São produtos ideais para o consumo porque não têm tratamento com o agroquímico. Geralmente são mais caros porque têm mais trabalho, mas eu digo que somos o que comemos e é um produto mais saudável”, continuou.
A superintendência tem prestado apoio com algumas ações voltadas para a comunidade de produtores orgânicos, como a doação de transportes e o suporte em uma feira prevista para acontecer em 4 de maio, com a participação de produtores orgânicos roraimenses com os da agricultura familiar. No momento, eles tentam viabilizar um meio de comercializar para o Exército Brasileiro e também para outras localidades do País.