Desde 4 de abril, policiais militares estão impedidos de confeccionar Relatório de Ocorrência Policial (ROP) nos distritos. Essa decisão é do delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Roraima, João Evangelista, por meio de um memorado circular, quando estava em exercício à frente da pasta.
Embora o documento esteja completando 17 dias de expedido, alguns agentes se disseram surpresos, bem como outros informaram não saber da determinação da Polícia Civil.
Um policial militar que pediu para não ter a identidade revelada disse desconhecer a decisão. “Não estou sabendo que estamos impedidos de fazer o ROP nos distritos policiais. Se isso procede, acredito que vai atrapalhar o andamento do nosso trabalho. Então, vamos ter que escrever a ocorrência à mão”, ressaltou.
José Damasceno, comandante de policiamento da capital, também não estava sabendo do documento, inclusive ficando surpreso com a informação. “Vou averiguar melhor sobre esse memorando”, afirmou.
O chefe do cartório do 5º Distrito Policial (DP), Wellington Cabral, informou que tem conhecimento da decisão.
“Inclusive, o memorando está aqui, afixado no mural. A ideia é que o ROP não seja confeccionado por enquanto, mas se está sendo cumprindo, aí é outra história”, ressaltou.
CONTENÇÃO DE GASTOS – O delegado-geral adjunto da Polícia Civil explicou que os policiais militares continuarão fazendo o ROP, mas não poderão utilizar toner e papel.
“Estamos fazendo uma contenção de gastos, considerando que estamos com uma quantidade pequena de material. Mas os agentes devem apresentar o relatório confeccionado”, disse.
Segundo ele, o governo do Estado informou que esta decisão vale até que seja concluída a reavaliação dos contratos com as empresas.
“Até que a gente consiga suprir essa condição, vamos fazer algumas ações de austeridade, até que se revolva essa situação. É temporário”, afirmou Evangelista.