Homens do Exército prenderam no começo da madrugada de sexta-feira, 26, um ajudante de pedreiro, de 22 anos, que invadiu o Abrigo Rondon I, no bairro 13 de Setembro, e teria tentado estuprar uma adolescente de origem venezuelana, de 17 anos, que está grávida de seis meses. Conforme as testemunhas, o elemento se armou com uma faca, no intuito de intimidar a vítima.
Segundo as informações da Polícia Militar, uma equipe chegou ao local depois de ser acionada para atender uma ocorrência de abuso sexual e quando chegou ao endereço, o indivíduo já estava detido. A vítima relatou que saiu de sua habitação para usar o banheiro e percebeu o homem por perto. Ela voltou para a sua moradia, mas foi seguida pelo indivíduo que segurou seu braço e foi até a porta, tentando entrar na casa com ela.
Amedrontada, a adolescente gritou pelo pai que viu o suspeito segurando a filha. O homem partiu para cima do suspeito e foi auxiliado pela equipe de militares do Exército. O suspeito foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Em depoimento, a vítima relatou que não foi tocada nas partes íntimas e que o homem não praticou qualquer ato contra sua liberdade sexual. O elemento, segundo ela, parecia estar bêbado. Por outro lado, o suspeito relatou ao delegado que mora no abrigo, mas não lembra com precisão o que aconteceu, no entanto, recorda que foi ao banheiro e, como estava muito apertado, forçou a porta sem saber que a adolescente estava por lá, mas não quis manter relação sexual com a garota.
Após as oitivas, a autoridade policial entendeu que o caso não se tratava de um estupro e liberou o sujeito.
A Operação Acolhida e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informaram, em nota, que, em relação ao suposto caso de abuso sexual envolvendo uma venezuelana, de 17 anos, residente no Abrigo Rondon I, a vítima era abrigada, mas o suspeito, não.
“Na ocasião do fato, o suspeito foi detido pela equipe de serviço e encaminhado para a delegacia pela Polícia Militar para registro de ocorrência. Uma equipe da ONG AVSI foi acionada e está acompanhando o caso, com assistente social e profissional de proteção. Ressaltamos que a rápida ação evitou que algo indesejado pudesse vir a acontecer. Cabe esclarecer que, além de manter militares em vigilância permanente, sistemas de monitoramento com câmeras são usados para reforçar a segurança no interior e entorno dos abrigos”, esclareceu. (J.B)