Cotidiano

Após matéria da Folha, criança consegue cirurgia 

Mãe da criança denunciou para o jornal a demora no atendimento. Após a matéria, a cirurgia foi feita

A agonia de ver o filho com dificuldades respiratórias finalmente acabou. Depois de meses de espera por uma cirurgia que pudesse remover a carne crescida na região nasal da criança, o procedimento ocorreu com sucesso na segunda-feira, 29, no Hospital da Criança Santo Antônio. O caso ficou conhecido após uma matéria da Folha de Boa Vista denunciar a demora em agendar a cirurgia.

O procedimento durou pouco mais de uma hora e a criança de três anos já recebeu alta nesta terça-feira, 30, após responder bem ao procedimento. “Foi um alívio muito grande. Quando o médico olhou os exames e constatou a gravidade da adenoide, disse que o Caio tinha que operar com urgência, mas marcou o retorno pra dois meses e sem previsão de quando iria ser a cirurgia”, contou a mãe da criança, Nathalie Félix.

Já em casa, a família comemora a possibilidade de ver a criança poder se desenvolver normalmente sem ter as dificuldades de se alimentar e não conseguir respirar durante o sono. Sem mais preocupações de ter que esperar pela resposta da unidade de saúde, Nathalie revelou que será feito um retorno ao hospital no dia 6 de maio para fazer o acompanhamento com o otorrinolaringologista, que incialmente indicou uma dieta alimentar restrita, à base de líquidos, durante quatro dias.

“A matéria publicada ganhou uma grande repercussão. Muita gente se sensibilizou. Gostaria de agradecer à equipe da Folha de Boa Vista e parabenizar pelo trabalho sério que fazem no Estado. Sem essa matéria, não sei se meu filho iria conseguir a cirurgia, assim como o que poderia ter acontecido com ele. Não tenho palavras para agradecer”, comemorou a mãe.

O CASO – Na época, Nathalie informou que o diagnóstico apontou para hipertrofia grau três da adenoide e nas amígdalas. A condição resultava em apenas 15% da respiração normalizada e problemas para alimentação. Ao procurar a unidade hospitalar, o especialista alertou para a necessidade de uma cirurgia, mas que o procedimento não tinha previsão para acontecer.

“Quando disseram que não tinha vaga e a única opção de antecipar a cirurgia era se ele chegasse sem respirar no hospital, fiquei desesperada. Mas agora estou muito aliviada. Agradeço também à vereadora Dra. Magnólia que, logo após ler a matéria, entrou em contato comigo, pediu para que eu não me preocupasse que meu filho iria operar. Logo depois que falei com ela, o hospital me ligou para fazer os exames e marcar a cirurgia”, encerrou. (A.P.L)