Aos poucos o período de chuva começa a dar as caras em Roraima. E as preocupações das autoridades de saúde com as doenças de inverno também crescem nesse período do ano.
Patologias ligadas ao H1N1, à incidência das doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti (Dengue, Chikungunya e Zika), as diarréias e as rinites são os problemas mais comuns nessa época do ano, principalmente na capital, que concentra a maior parte da população.
De acordo com a Prefeitura de Boa Vista, os trabalhos de preparação da rede pública de saúde do município inicia antes da chegada do inverno, com o monitoramento epidemiológico e a promoção de capacitação dos membros que compõe a rede básica e avançada de saúde.
“O primeiro momento é feito uma capacitação para informar que tipo de doença pode vir a estar circulando com maior frequência, como é o caso da própria H1N1, cuja doença já tem alguns casos confirmados, e as demais doenças, e aí nos temos dengue, chikungunya e zika, é feita essa orientação aos profissionais, que repassam esses cuidados aos usuários da rede de saúde, orientando a população de como prevenir, para não termos uma epidemia”, destaca Dra Maria Valium, médica de saúde da família.
Como as doenças de natureza respiratória são as mais frequentes no período chuvoso, afetando sempre as crianças e os idosos, a rede de saúde de Boa Vista, seja elas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), realizam uma série de procedimentos para auxiliar a população.
Nos postos de saúde, por exemplo, além das ações e atividades, algumas unidades oferecem os serviços de nebulização, garantindo assim acesso imediato de saúde e o desafogamento nas unidades hospitalares.
Já o Hospital Santo Antônio atua no tratamento das doenças respiratórias, com consultas ambulatoriais, com especialistas, encaminhadas pelas UBS, entre elas, a gripe e pneumonia e outras.
“Levando em consideração que o H1N1 ou a gripe, ela tem uma alta finidade pelos pulmões, ela pode se complicar muito facilmente. Então é importante que os pacientes saibam identificar os sinais e procurar um médico, para que ele sabia se aquilo é uma doença simples ou algo que necessita de outros tipos de medicação. No caso das crianças, a gente sempre recomenda que os pais não as levem de imediato ao hospital, uma vez que o problema pode ser simples e isso evita de expor-la a um ambiente onde ela possa contrair uma doença grave”, completou a especialista.
Maria relatou ainda que em um dia comum, a demanda em UBS é de 16 pessoas com quatro emergências, podendo aumentar para 25 ou mais em épocas de chuva. Para ela, é importante que as pessoas tomem cuidados essenciais para evitar a transmissão das doenças respiratórias
“Há várias maneiras das pessoas evitarem a transmissão da gripe, como não dividir itens pessoais, como garrafinhas ou copos; na hora de tossir, ao invés de usar a mão utilizar o cotovelo; lavar as mãos; ter cuidado aonde você deposita o muco do seu nariz para não contaminar o ambiente, pois a forma de transmissão ocorre justamente por meio da gotícula e quando a pessoa entra em contato com essas gotículas e as leva para o nariz, o contágio é certo”, salientou.
DIA D – Para reforçar os cuidados com a H1N1, que tem deixado o país em alerta após a confirmação de casos no Amazonas e em Roraima, a Prefeitura de Boa Vista vem realizando a vacinação contra a doença, priorizando o grupo prioritário que inclui crianças, idosos, gestantes e profissionais da educação.
Em razão da baixa adesão, será realizada neste sábado, 4, o Dia D da Campanha de Vacinação. A população poderá procurar qualquer uma das 28 UBS’s da capital, seis escolas municipais e o posto móvel que passará nas áreas de interesse social Pedra Pintada e João de Barro, no bairro Monte das Oliveiras e na Feira do Produtor.