Com atividades previstas até o dia 24 de maio, a Campanha Maio Amarelo 2019, com o tema “No Trânsito o Sentido é a Vida”, fomenta discussões e atitudes voltadas à necessidade urgente da redução do número de mortes no trânsito e segue com atividades até o dia 24 de maio. O tema deste ano propõe estimular condutores, pedestres e passageiros a optarem por um trânsito mais seguro.
Dados dos Comandos de Policiamento da Capital e do Interior, da PMRR (Polícia Militar de Roraima), mostram que foram registrados 3.800 acidentes de trânsito em 2017. Em 2018, segundo a PM, houve uma redução de 27,6%%, com um total de 2.752. Em todo o ano de 2018, houve 136 mortes em acidentes de trânsito em Roraima.
No ano passado, os veículos que mais se envolveram em acidentes foram os automóveis, com 3.244; motocicletas, com 1.905; e caminhonetes, com 960. Homens são as maiores vítimas, com 87% e jovens de 24 a 29 anos tiveram os maiores casos.
No ano de 2019, no mês de janeiro e fevereiro, já foram 119 acidentes e 19 mortes somente no perímetro urbano de Boa Vista. Em todo o estado, o número é de 138 acidentes até o momento.
“A imprudência e a falta de atenção são as principais causas de acidentes no perímetro urbano. Os condutores não só falam ao celular como também teclam. Essa prática tem sido frequente entre condutores de automóveis e também entre os motociclistas”, destacou o diretor-presidente do Detran-RR, Igo Brasil.
Ataive Teive é campeã de acidentes
O Detran avaliou que a avenida Ataíde Teive é a que mais teve acidentes no ano passado, um total de 247. As avenidas Ville Roy e Mario Homem de Melo tiveram 86 e 73, respectivamente. Além delas as outras vias com maior número de acidentes na Capital, são: Princesa Isabel com 69 e as avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Carlos Pereira de Melo, empatadas com 55.
Seguradora afirma que transito em Boa Vista é violento
O quadro do Indicador DPVAT, estudo feito pela Seguradora Líder em todo o país, mostra que o trânsito de Boa Vista foi o mais violento do país em 2018, pelo segundo ano consecutivo, pois foram pagos 1.530 sinistros em uma frota de 180.316 na capital roraimense, resultando em 81 do indicativo.
No ano de 2017, o número de frota era de 180.925 e foram pagos 1.702 sinistros, resultando em 94 do indicativo.
Em contrapartida, com o estudo feito pela Seguradora Líder, o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran-RR), Igo Brasil, declarou não ser possível afirmar que Boa Vista tem o maior número de acidentes entre as capitais por conta do número da frota ser menor que de outras localidades.
“O que deve ter ocorrido é uma procura maior pelo seguro DPVAT. Nos nossos dados, é possível verificar a redução de acidentes a cada ano. Mas o que nos preocupa é a quantidade de motocicletas, que é metade da frota, e são de proprietários que não possuem CNH [Carteira Nacional de Habilitação]”, comentou (A.P.L).
Horários de pico exigem atenção, alerta Corpo de Bombeiros
A maior incidência de acidentes de trânsito ocorre nos horários de pico na capital, coincidindo exatamente aos horários de entrada no trabalho ou na escola, horário de almoço, e término de expediente ao final do dia.
Segundo dados do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), entre meia-noite e 6 horas da manhã, nos meses de janeiro a abril, há um equilíbrio no número de ocorrências neste horário, porém a partir das 7 horas da manhã, quando inicia o horário de maior movimentação no trânsito, o número de acidentes cresce consideravelmente.
Dos quatro primeiros meses do ano, fevereiro foi o mês com o maior número de acidentes, entre 7h e 7h59 da manhã, com registro de 15 ocorrências, de um total de 37 acidentes. Já no horário das 8 horas, ocorreram 14 acidentes de trânsito, em janeiro, e 15, no mês de abril, de um total de 44 ocorrências.
Dos horários levantados pela Corporação, entre 12h e 12h59, há a maior concentração de acidentes de trânsito na capital, total de 55. Janeiro teve 14, fevereiro 10, março 17, e abril 14 ocorrências. O registro de acidentes segue elevado às 13h e às 14h, com 43 e 39 respectivamente.
O final do dia também inspira preocupação dos bombeiros. Das 17 às 19 horas, há a maior concentração de ocorrências. Em janeiro, houve 14, em fevereiro, cinco, em março, dez, e em abril 15 acidentes.
Às 17 horas, nos quatro primeiros meses do ano, foram atendidos 47 acidentes; às 18 horas, 44, e a partir das 19 horas, 49 acidentes. Nas horas seguintes, o número de ocorrências cai um pouco, porém ainda segue elevado até as 22 horas, com o quantitativo de 34, às 20 horas, 33, às 21 horas, e 35, às 22 horas.