Cotidiano

Gás de cozinha pode chegar a custar R$ 87 em Roraima

Repasse ao consumidor pode variar de R$ 1 a R$ 3 em preços de botijões

Apesar do aumento no preço do gás de cozinha ter sido anunciado pela Petrobras no último final de semana, o reajuste de 3,43% ainda não foi repassado ao consumidor em Roraima. De acordo com as distribuidoras em Boa Vista, as botijas de gás de 13 quilos podem chegar a custar até R$ 87 com o novo aumento. Hoje o botijão de 13 quilos tem o valor mínimo de 79 reais e máximo de R$ 83 reais.

De acordo com gerente de uma distribuidora de água e gás localizada no bairro São Francisco, o aumento nos preços só será avaliado no decorrer da semana. “O percentual é repassado para os fornecedores, mas ainda não chegou para nós que distribuímos. Ainda não temos valores exatos para passar ao consumidor” esclareceu.

Em outra distribuidora localizada no bairro dos Estados, a gerente Caroline Romário disse que independente dos reajustes durante o ano, ela não irá repassar ao consumidor aumentos nos preços. “As vendas caíram muito nos últimos meses. Os reajustes não compensaram minhas vendas. Por isso vamos manter o preço atual e esperar que o consumidor realize pesquisa de preço” disse.

No bairro Mecejana, Antônio Pádua, dono de uma distribuidora, estima repassar ao consumidor apenas o mínimo do aumento. “Não fiz reajustes em fevereiro, que foi a última data no aumento de preços, mas se o valor nos for repassado com alta de 3,43% os meus clientes só terão aumento de 1%.” Disse Antônio.

De acordo com as informações fornecidas por algumas distribuidoras, a reportagem calculou os valores estimados para os próximos dias. Apenas a distribuidora do bairro dos Estados não apresentará aumento de preços. Veja a tabela:

Consumidores reclamam do reajuste

Por ser um item básico para sobrevivência do brasileiro, o reajuste anunciado pela Petrobrás foi bastante criticado pelos boa-vistenses. A dona de casa Célia Perdiz, disse que o aumento no preço do gás de cozinha representa um dos descasos dos governantes com a população. “É um absurdo que existam tantos aumentos em tão pouco tempo. O salário mínimo só aumenta uma vez por ano, enquanto o restante dos itens considerados básicos é reajustado com disparidades. Daqui a pouco estaremos usando fogão à lenha se quisermos cozinhar,” desabafou.

A comerciária Paula Menezes acredita que enquanto a população não se revoltar isso não vai parar.

“Precisamos fazer algo. Estão aumentando todos os tributos e como vamos pagar? Não tem condições de sobreviver dessa forma”

Outros reajustes

 A Petrobras anunciou em 2018 que os reajustes de preços para o gás de cozinha passariam a ser trimestrais. Em 2017 o gás registrou aumento de 16%, o mais caro de acordo com dados do IBGE. Em janeiro de 2018 houve apenas um registro de diminuição no preço do gás de cozinha, -5%, já em novembro o maior aumento foi registrado em 8,5%. Em 2019 já registram dois aumentos. Veja a tabela: