*ATUALIZADA ÀS 15h54
As ocorrências de confusões relacionadas à ingestão de bebida alcoólica por indígenas não é novidade para quem mora ou trabalha na Feira do Produtor, no bairro São Vicente, entretanto, as crianças são mais prejudicadas quando esse tipo de situação acontece.
Durante a coleta de informações para uma reportagem sobre a ocupação de prédios abandonados por imigrantes venezuelanos nas imediações da feira a equipe da FolhaWeb acabou registrando o flagrante de uma indígena desacordada próximo de um terreno baldio situado na rua Uraricoera.
Uma frequentadora da Feira relatou a nossa equipe de reportagem que ela estava acompanhada de três crianças, mas apenas duas haviam sido encontradas e acolhidas por venezuelanos que ocupam um prédio próximo.
Segundo ela, as crianças, ambas meninas, sendo uma delas um bebê de colo, estavam sujas e com fome. Os próprios imigrantes deram banho nelas, enquanto aguardavam a chegada do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A FolhaWeb esteve acompanhando todos os procedimentos, no entanto, devido a demora, a frequentadora da feira acabou tomando liberdade de encaminhar as crianças até o Conselho Tutelar do Centro, que é responsável por atender as ocorrências da área central.
ATENDIMENTO DEMORADO – Diante da demora, a reportagem entrou em contato pelo número do Samu, e foi informa que em virtude das circunstâncias da situação (indígena embriagada), o órgão poderia fazer nada. Apesar disso, o atendente relatou que encaminharia a demanda para a central da CIOPS da Polícia Militar (PM) e para Conselho Tutelar.
A reportagem chegou a conversar com a atendente da CIOPS e mesma informou que teria recebido chamada há alguns minutos, mas que a viatura designada para comparecer até o local não encontrou ninguém.
Por mais de 30 minutos, a equipe ficou aguardando a chegada das viatura da PM ou do Samu, o que acabou não acontecendo. O atendimento a indígena acabou sendo realizado por uma ambulância do Resgate do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), às 12h23, que encaminhou a indígena para o Hospital Geral de Roraima (HGR).
A reportagem buscou contato com o Distrito Sanitário Yanimami (Dsei-Y), responsável pela atenção aos indígenas da etnia e aguarda retorno.