Uma jovem venezuelana, de 22 anos, que é Pessoa com Deficiência (PcD), foi vítima de um estupro praticado supostamente por um venezuelano, de 41 anos, dentro do Abrigo Rondon III, que está sob responsabilidade da Operação Acolhida do Exército Brasileiro. A ocorrência foi registrada por volta das 22h30 da terça-feira, dia 14.
Segundo o relatório da Força-Tarefa do Exército Brasileiro, três testemunhas procuraram o oficial de plantão e relataram os fatos, momento em que a guarnição solicitou o comparecimento do suspeito.
A primeira testemunha explicou que viu o suspeito e a vítima com as roupas baixas e que o homem estava fazendo movimento característico de ato sexual com a jovem, que estava de costas para ele. A segunda testemunha relatou que viu o homem saindo de um box e percebeu que ele entrou no box onde a vítima estava. Como o banheiro é de uso coletivo, a ação foi flagrada.
Por fim, a terceira testemunha compartilhou que primeiro a vítima entrou no banheiro e o suspeito entrou em seguida. Após alguns instantes, o suposto estuprador saiu apressado e assustado.
A representante de uma Organização Não-Governamental (ONG) do Abrigo levou a vítima e a mãe dela para o Hospital, onde recebeu atendimento médico e onde o laudo médico comprovando que houve conjunção carnal foi elaborado. Depois disso, uma equipe da Força Nacional de Segurança (FNS) foi acionada e conduziu o suspeito até a Delegacia. A delegada de plantão considerou a contundência das provas e diante da materialidade do crime, lavrou o Auto de Prisão em Flagrante (APF) contra o homem que ficou preso até a manhã de ontem, dia 15, sendo levado para a audiência de custódia, a fim de que a Justiça decida que medida adotar quanto ao suposto delito.
O OUTRO LADO – A reportagem pediu que a Operação Acolhida se manifestasse sobre os fatos. Por meio de nota, eles confirmaram que tanto a vítima quanto o suspeito eram abrigados no local.
“Em relação ao suposto caso de assédio sexual envolvendo a venezuelana de 22 anos, outros residentes do Abrigo perceberam uma movimentação suspeita na área do banheiro e então acionaram o militar de serviço que, imediatamente, levou o caso à cadeia do comando da Operação e à equipe da ONG AVSI. Em seguida, com a chegada da Força Nacional, o suspeito foi encaminhado ao 5ºDP, enquanto a vítima foi conduzida para atendimento hospitalar. Na manhã de quarta-feira (15), a vítima foi levada ao Instituto Médico Legal, onde realizou exames. Cabe esclarecer que, além de manter militares em vigilância permanente, sistemas de monitoramento com câmeras são usados para reforçar a segurança no interior e entorno dos abrigos” concluiu a nota. (J.B)