De acordo com o último levantamento do Censo Escolar da Educação Básica, em Roraima, existem 260 escolas indígenas. Deste total, apenas 35%, que corresponde a 92 escolas, possuem prédio escolar próprio. Outras 168 escolas funcionam em espaços de aprendizagem improvisados.
Em busca de transformar essa realidade da educação escolar indígena, que não é apenas do Estado de Roraima, a secretária de Educação e Desporto, Leila Perussolo, entregou, nessa sexta-feira, 17, ao ministro da Educação, Abraham Wintraub, a “Carta do Norte”.
O documento foi elaborado durante a reunião dos secretários de Educação da Região Norte em Belém-PA, no mês passado, e contém as proposições para a Região Amazônica no que tange ao envio de recursos conforme as especificidades de cada localidade.
“Nossa intenção é mobilizar tanto recursos técnicos quanto financeiros para dotar as escolas de condições de funcionamento adequado, para promover a garantia da aprendizagem dos estudantes e bem como as práticas pedagógicas dos docentes e demais profissionais que atuam nestas unidades de ensino”, explicou Leila Perussolo.
MEC – Representando o Consed (Conselho nacional dos Secretários de Educação), a secretária Leila Perussolo também apresentou ao MEC (Ministério da Educação) as demandas e necessidades relacionadas ao tema. As questões foram discutidas no GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) de Escolas Indígenas e Quilombolas do MEC, em reunião realizada na quinta-feira, 16, em Brasília.
No encontro, foram apresentadas as especificidades e particularidades de todos os estados que possuem essa realidade em suas redes de ensino, por exemplo, escolas localizadas em áreas de difícil acesso, às quais só se pode chegar de barco ou avião; escolas em comunidades ribeirinhas e a situação dos povos da floresta; o que requer um olhar diferenciado.