A produção da agricultura familiar tem crescido e ganhado cada vez mais adeptos do plantio orgânico roraimense. De Norte ao Sul do estado, produtores procuram meios de aumentar a quantidade e qualidade dos produtos, com boa parte já apresentando resultados positivos. Em razão disso, o conhecimento e as trocas de experiências motivaram o intercâmbio entre produtores rurais de diversas localidades para demonstração da produção e conseguir informações sobre como prosseguir no ramo.
Com a expectativa de receber em torno de cem agricultores, a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Banana de Entre Rios (APRUBERS) abre as portas nesta quarta-feira, 22, para a participação de diversos palestrantes e apresentação de projetos para fomentação da agricultura familiar.
O evento ocorre a partir das 8h e segue até às 17h na região de Entre Rios, município de Caroebe, onde a produção de banana prospera e chama atenção para outras áreas de plantio. A ideia é fortalecer o papel das associações para encontrar ações para dar continuidade e incentivo aos produtores locais.
Na programação há também atividades com a Prefeitura de Caroebe, demonstrativo de como funciona a APRUBERS, apresentação do Projeto Agroecologia, da Fundação Banco do Brasil, e visitação na área do plantio de mudas de cacau e de camu-camu.
“Roraima tem encontrado dificuldades financeiras e quem pode apoiar esses trabalhadores são Fundações e Organizações Não-Governamentais (ONGs) ligadas à agricultura familiar. São grandes grupos que fomentam a esse tipo de agricultura, mas para o dinheiro vir, a associação tem que estar organizada, funcionando e com balanço contábil, ou não vai conseguir receber os recursos”, explicou o engenheiro agrônomo da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Samuel Santana.
PRODUTOS – A agricultura familiar roraimense tem produzido produtos como um polo cacaueiro, óleos vegetais de Castanha do Brasil e da andiroba, além do camu-camu, popularmente conhecido como “caçari”. Pelo interesse de saber como funciona cada polaridade de produção, os agricultores madrugaram ou pegaram a estrada logo cedo, com recursos próprios, para participarem do evento.
“A polpa de camu-camu está sendo vendida em todo estado, com ênfase em Boa Vista. As sementes são vendidas localmente e também enviadas para o Maranhão e Ceará. Já a parte de geleias e doces o foco é na capital, mas rende muito para os produtores, com média de R$ 1.000 para a APRUBERS nos últimos 15 dias”, completou o engenheiro. (A.P.L)