O ex-secretário de Segurança Pública, Márcio Amorim, entregou ao governador Antonio Denarium uma carta de demissão do cargo de Secretário de Segurança Pública em caráter irrevogável na noite de terça-feira, 21. Na sua justificativa, Amorim citou motivos pessoais, familiares e de foro íntimo.
Em entrevista à Folha, ele nega a versão propagada nos bastidores de que teria sofrido pressão de alguns políticos, que teriam exigido sua saída ao governador Denarium e que já havia tomado a decisão de se afastar do cargo há pelo menos 20 dias.
“Soube disso pela internet e não dei importância, já que eram suposições”, disse. “Mas não senti pressão por parte dos deputados e não houve pressão do governador. Já havia tomado essa decisão desde o início do mês e aproveitei que fui chamado ao Palácio para discutir algumas pautas. Entreguei a carta de demissão e lhe expliquei os motivos, que são pessoais e familiares”, afirmou.
Amorim disse que continua no Estado como delegado de carreira e aguarda o retorno do governador, que embarcou ontem para Brasília, para definir sua situação funcional no quadro de servidores do Estado.
AVALIAÇÃO – Nestes pouco mais de cinco meses como titular da Sesp, Márcio Amorim fez uma rápida avaliação de sua gestão à frente da pasta. Tido como um agregador por onde passa, Márcio disse que fez uma aproximação da Sesp com a Polícia Federal, que doou mais de 50 mil litros de combustível para o sistema de segurança; integração das forças policiais; alinhamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública; doação de munição para a Sesp pela Polícia Rodoviária Federal; armamento para Polícia Civil; andamento no projeto de instalação de duas delegacias Cidadã; stand de tiro para Polícia Militar; emenda do deputado Jhonatan de Jesus no valor de R$ 20 milhões para ser aplicado na segurança pública; andamento do projeto Polícia na Rua; projeto de monitoramento de Boa Vista através de barreiras digitais (câmaras de segurança); prorrogação da Força Nacional em Roraima; segurança nos presídios; combate ao crime organizado, tráfico de drogas, homicídios e violência no Estado; modernização do setor de estatística; cursos de capacitação e inteligência; dentre outras ações. (R.R)