Cotidiano

Mortes em Manaus deixam em alerta segurança no sistema prisional de RR

Sejuc descarta possibilidade de rebelião, mas afirmou que está sendo feito monitoramento da situação em Manaus 

A morte de presos em presídios de Manaus (AM) deixou em alerta as autoridades que comandam o sistema prisional em Roraima. Segundo o secretário estadual de Justiça e Cidadania, André Fernandes Ferreira, não existe a possibilidade de uma rebelião entre os internos nas unidades. “Mas, de qualquer forma estamos monitorando desde domingo, 26, o que ocorreu no estado vizinho”, ressaltou.

Em Manaus, no último domingo, foram assassinados 15 detentos e nessa segunda-feira, 27, foram encontrados 42 presos mortos por asfixia. “Sobre os homicídios que ocorreram anteontem, sabemos que foi uma briga interna de uma facção pertencente ao Amazonas. Não temos membros dessa facção aqui dentro das unidades prisionais do estado”, afirmou Ferreira. 

Em janeiro de 2017, foram mortos 33 detentos dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), crimes que podem ter sido motivados por uma disputa de poder entre facções criminosas. Para que esse episódio não se repita, o secretário estadual de Justiça e Cidadania garantiu que os agentes penitenciários estão passando constantemente por treinamentos. “Eles estão sendo capacitados de forma contínua para que qualquer ação seja reprimida de forma imediata”, comentou.

Sobre mudanças que aconteceram no sistema prisional, o secretário disse que os internos não utilizam mais celulares, até porque existe uma fiscalização rigorosa para impedir a entrada de aparelhos, bem como telefones de familiares são recolhidos na entrada e esses parentes também são vistoriados por detectores de metal. 

Ferreira comentou que a força tarefa de intervenção penitenciária é formada por cerca de 70 homens. “Até o dia 30 de setembro deste ano está certa a permanência deles aqui em Roraima. Após isso vamos estudar junto ao Ministério da Justiça a necessidade da renovação ou não do reforço desses militares”, disse.