Um estudo de viabilidade econômica será iniciado no próximo mês para atender a necessidade de trazer internet de Georgetown, na Guiana, até Boa Vista, via cabo de fibra ótica. A previsão é de que os estudos estejam concluídos no mês de setembro e Roraima sairá da dependência de apenas uma empresa que oferta os serviços no Estado.
O projeto do Governo Federal vai estender a linha até Manaus, no Amazonas para Porto Velho, em Rondônia. A informação foi repassada na tarde de ontem pelo senador Chico Rodrigues.
“Já fizemos três reuniões com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e desde o início que ele se prontificou a tentar resolver esse problema que temos em Roraima de rompimento de fibra óticas e ficamos sem internet por termos apenas uma empresa ofertando a fibra ótica”, disse.
Segundo Chico Rodrigues, a base dessa fibra ótica é instalada em Trinidad e Tobago, já está cabeada até Georgetown e o projeto inclui cabeamento até Boa Vista/RR, Manaus-AM e Porto Velho /RO.
“O ministro Marcos Pontes abraçou essa ideia e já designou a equipe que trabalha nesta área de expansão de fibra ótica para se debruçar na logística para iniciar o quanto antes estes estudos de viabilidade técnica e econômica. Os estudos devem estar concluídos em setembro, quando teremos os valores que serão investidos no projeto e o início do cabeamento da rede deve ser concluído em mais cinco ou seis meses depois de concluído os estudos”, disse.
Rodrigues afirmou que as conversações com o governo da Guiana já iniciaram e houve reciprocidade no diálogo.
“O governo da Guiana já está autorizado, através de acordo com Trinidad e Tobago, a fazer essa expansão da rede e o Ministério de Tecnologia deles já sinalizou positivamente e deve estar enviando, até junho, um documento para o governo brasileiro oficializando que concorda com a expansão da rede”, afirmou.
Para o senador, o projeto é viável e vai trazer segurança para a população que precisa de internet confiável e Roraima passará a ter redundância, termo usado para o Estado que passará a ter duas opções de fibra óticas.
“Praticamente vivemos sem internet no Estado. Quando o cabo rompe, e sempre rompe, fica um Deus nos acuda, e precisamos de mais uma alternativa para quando uma quebrar termos outra opção”, afirmou. “Não é que uma vá ficar de reserva, mas que teremos duas opções ao mesmo tempo de linhas para serem comercializadas”, disse. “Há uma enorme insatisfação da população que se vê prejudicada com a qualidade e com preço cobrado e essa nova fibra vinda da Guiana vai trazer muitos benefícios, até um preço menor devido a concorrência, além de garantir internet de qualidade, mesmo que alguma venha a se romper”, concluiu. (R.R)
