Trabalhadores que atuam como vigilantes para a Prefeitura de Boa Vista realizaram na manhã desta terça-feira, 28, uma manifestação em frente ao Palácio 9 de Julho, situado no bairro São Francisco.
Com faixas e cartazes, os manifestantes levaram ao conhecimento da imprensa duas pautas antigas da categoria. Uma delas gira em torno do reconhecimento dos profissionais dentro dos planos de carreiras já sancionados pela Administração Municipal.
“Nós existimos desde 2005, no entanto, de lá para cá, já foram aprovados dois planos de carreira, que são a 712 e a 1.611. Nessas duas leis, nenhuma contemplou a categoria do vigilante municipal e isso nos deixa com a sensação de que não somos valorizados”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes Municipais de Boa Vista, Thiago Braga.
Outra situação levantada na manifestação foi o pagamento do risco de vida, que não estaria sendo repassado aos servidores, segundo informou o presidente da entidade, Fabrício Marques.
“Gostaríamos que a Prefeitura se sensibilizasse com a nossa situação. Somos pais de família e hoje em dia o vigilante municipal enfrenta uma situação muito difícil. Se a Prefeitura não acordar, daqui alguns dias nós teremos que fazer um abrigo para vigilante público municipal, porque muitos estão perdendo seus bens. A perda do adicional noturno foi impactante na vida de cada um que está aqui”, concluiu Marques.
Manifestantes lotaram a entrada do Palácio 9 de Julho (Foto: Diane Sampaio/Folha BV)
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, que informou, em nota, que o adicional noturno está sendo pago de acordo com a legislação, sendo 25% da hora normal.
“A previsão orçamentária para risco de vida prevista na LOA é para guardas da secretaria de segurança urbana e trânsito, que se encaixam nos critérios que a lei permite para este tipo de adicional”, destacou.
A Prefeitura reafirmou ainda que fará o que estiver ao alcance para resolver a situação com diálogo.