Falar em carboidrato causa arrepio em muitas pessoas. Muitos só pensam em pizza, pães, doces de padaria e etc., mas será que é só isso mesmo? Será que como tudo na vida não existe o lado bom? Então vamos discorrer sobre os carboidratos para que se possa entender melhor
Os Carboidratos são a principal fonte de energia para nosso organismo e são especialmente importantes porque é também a principal fonte de alimento do nosso sistema nervoso central. Além disso, regula o metabolismo das proteínas, portanto se não houver carboidrato suficiente para nos gerar energia é a proteína que será “desperdiçada”, pois será utilizada para promover energia, e deixará de cumprir seu papel principal que é a construção e reparo de tecidos, o que tornaria mais difícil o ganho e manutenção de massa magra.
Qual o perigo das dietas com pouco ou pouquíssimo carboidrato?
Inicialmente você perderá peso, sim, mas vamos pensar juntos: a proteína mantém a massa magra do nosso corpo, que juntamente com os exercícios físicos resistidos ajuda a manter a taxa metabólica basal (o quanto gastamos de energia em repouso) mais alta, faltando os carboidratos, as proteínas deixam seu papel de lado para produzir energia, diminuindo assim sua taxa metabólica, e como se não bastasse, acabando com seu rendimento nos exercícios, e ainda de brinde poderá sentir sintomas de baixa função da tireoide, incluindo extremidades frias, perda de cabelo, problemas digestivos, flacidez, ossos fracos, má digestão, irritabilidade, ansiedade, depressão entre outros.
Quando estas alterações estão instaladas, você irá parar de perder peso, porque seu corpo preocupado com sua nova realidade irá entrar em uma forma “mais econômica de energia”. Além disso, dietas ricas em gorduras saturadas e pouco ou nenhum carboidrato mostram um aumento do LDL bem acima do limite estabelecido, podendo aumentar seu colesterol total; e não para por aqui! Utilizar por muito tempo apenas proteínas como fonte de energia pode levar à formação de ácido úrico e ureia demasiada, sobrecarregando os rins, que por sua vez, como consequência poderá sobrecarregar o fígado.
Entendi a importância do carboidrato, mas quanto devo consumir?
É recomendado seguir uma alimentação que forneça pelo menos 50% do seu total calórico em carboidrato. Porém, para quem pratica atividade física essa quantidade deve ser maior e vai variar de acordo com o tipo, frequência e intensidade dos treinos. Por isso o ideal é visitar um nutricionista, pois ele fará os cálculos exatos de suas necessidades. Lembre-se de nossa individualidade biológica, nada de pegar a dieta que a vizinha recebeu.
Onde encontramos os carboidratos?
Arroz, batata, massas em geral, mandioca, pães, aveia, granola, cereais, frutas e legumes. Mas dê preferência aos alimentos integrais (que trazem vitaminas, minerais e fibras), pois os refinados fornecem calorias “vazias”, aquelas que não ajudam a nutrir o corpo.
Escolher melhor as fontes de carboidrato é a forma mais saudável de se manter em forma, ficando longe de alimentos ultraprocessados como macarrão instantâneo, bolachas, bolos dentre outros pois tem maior índice glicêmico, mais açúcar refinado, sódio, gorduras e aditivos.
Segundo Tais Rímoli, Nutricionista e Personal Trainer, o grande segredo de uma vida saudável é o equilíbrio, isso serve para todas as vertentes da vida, não é legal ser uma pessoa muito permissiva, mas também ser inflexível não é muito próspero. Então o papel aqui é demonstrar que todos os alimentos podem e devem ser consumidos de forma proporcional e de acordo com seu estilo de vida.
Daí mais uma vez entra a importância de se entender que cada um tem sua rotina, sua individualidade biológica, sua genética, seu histórico alimentar e de atividades físicas e por aí vai. Sendo todos tão diferentes o que te faz pensar que abrirá uma revista e encontrará uma dieta de sucesso? Pense nisso antes de arriscar sua saúde!