Política

Trabalhadores da saúde estão desde 2016 sem reajuste anual

As condições de trabalho dos servidores da rede pública estadual de saúde foi um dos assuntos abordados pelo presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Roraima, Melquisedek Menezes. Segundo ele, a falta de materiais nas unidades de saúde do estado inviabiliza o bom andamento dos trabalhos da categoria, que está desde 2016 sem ter reajuste anual.

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, nesse domingo (2), na Rádio Folha FM 100.3, o sindicalista disse que é muito fácil colocar a culpa nos trabalhadores que atuam na saúde, mesmo oferecendo condições precárias para que se possa desenvolver um trabalho digno, que atenda de forma satisfatória o usuário do sistema de saúde. 

“Exigimos dignidade e respeito. Respeito pela profissão e pelos trabalhadores técnicos e auxiliares de enfermagem, que são mais de 70% dos servidores da saúde do estado de Roraima. Não aceitamos ser responsabilizados e penalizados pela situação caótica que a saúde pública está passando. Como entidade de classe, nós já vínhamos denunciando essa situação há muito tempo e nada foi feito. E pelo visto não será resolvida tão cedo”, ressaltou Menezes.

Segundo ele, os servidores necessitam de condições para trabalhar. “Falta medicação, equipamentos de proteção individual, maca, cadeiras de rodas que são limitadas, além das unidades estarem sempre superlotadas. Isso tudo causa uma desarmonia no ambiente de trabalho”, comentou, esclarecendo “que não é culpa do servidor, pois não é ele quem contrata e gerencia, pois está ali dentro com mão de obra, tentando dar o seu melhor”.

O sindicalista afirmou que desde 2016 os trabalhadores não têm reajuste anual e que, atualmente, o salário de um enfermeiro com curso superior é de R$ 3.917,62 e de um técnico em enfermagem é de R$ 1.958,81. “É o salário mais defasado do estado. Nós protocolamos na Casa Civil e na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa um projeto para modernização no PCCR [Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração] da saúde. Exigimos melhores condições de trabalho e inclusive melhores salários para esses profissionais”, disse Menezes.