Sindicados de diversas categorias estiveram nos corredores da Assembleia Legislativa, durante a sessão extraordinária que ocorreu de portas fechadas nessa quarta-feira, 05. Vinte parlamentares participaram da sessão. O placar encerrou com 16 votos favoráveis e quatro contrários.
Os sindicalistas acreditam que o governo deve reavaliar o projeto, uma vez que ele penaliza dos servidores com redução de salário e até demissões. Uma manifestação contra a aprovação irá ocorrer no dia 14 de junho.
“Em nenhum momento fomos convidados a participar desse debate. Os servidores não foram ouvidos, os deputados convocaram essa sessão extraordinária sendo que não há um feriado parlamentar. Eles se fecharam, não trouxeram nenhuma informação para nós. Nós não somos culpados pela crise do estado” explicou o presidente Francisco Figueiras – Sindicato do Trabalhadores civis efetivos do poder executivo do Estado de Roraima
Para o presidente do Sinter Flávio Bezerra, Sinter, o projeto prejudica os servidores e não penaliza quem cometeu os desvios públicos na gestão anteriores.
“Se é pra arrumar o estado, tem que corrigir os erros do estado. Temos que buscar quem desviou o dinheiro, não o cidadão, em nenhum momento o Governo atual sinalizou resgatar esse dinheiro que foi desviado. Quem garante que esse empréstimo vai resolver o estado de Roraima” contou.
“Vale reformar que a reforma administrativa tão ressaltada pela gestão ainda não chegou na Assembleia Legislativa. O servidor público é a mola propulsora do desenvolvimento do nosso estado” reforçou o Sindicato de Enfermagem de Roraima, Melquizedek Menezes.
Representante do Movimento Organização da Educação, a professora Albanira Cordeiro, pediu explicações referentes aos recursos recebidos durante a intervenção federal.
“Um estudo para resolver o problema do estado apontou o valor de R$230 milhões, se era preciso esse valor para arrumar por que não resolveu? O que foi feito desse dinheiro? Por que não colocou tudo em dia? Por que agora com R$10 milhões vão resolver? É claro que não é o dinheiro, são medidas contra os servidores que eles estão buscando, nós não podemos aceitar, que eles congelem o salário, acabem com os concursos” disse.
Em nota, a Casa Civil de Roraima justifica que com a repactuação da divida o Estado terá a possibilidade de readequação de receitas e despesas de custeio, como pagamento de fornecedores e manutenção dos salários de servidores em dia. O que só é possível com a aprovação do projeto de lei 67/19 e a inclusão de Roraima no Plano de Recuperação Fiscal do Governo Federal. Ainda, ressalta que o Estado encontra-se em estado de calamidade financeira conforme Decreto 9.602, de 8 dezembro de 2018 em vigência até junho de 2019.