Uma confusão na pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Extensão – PRAE da Universidade Federal de Roraima (UFRR) foi parar na superintendência da Polícia Federal. Um estudante de Ciências Contábeis da Instituição teria agredido servidores e até mesmo o pró-reitor de assuntos estudantis, Professor Vladimir de Souza, após ter sua bolsa estudantil cortada. Essa seria a segunda vez que o jovem foi ao local e teria sido agressivo e ofensivo com os servidores. O estudante teria chegado a chamar os servidores de UFRR de ‘vagabundos’.
Um dos servidores contou o caso para a Folha e relatou que ficou com um hematoma no olho em função de uma agressão.
A confusão teria sido iniciada durante o atendimento do estudante por parte da Assistente Social da Instituição. Ao perceber que ele estava nervoso e agressivo, ela chamou o Chefe da Segurança que pediu que o aluno se retirasse, o que teria deixado ele ainda mais agitado.
Segundo as testemunhas, o jovem teria se descontrolado totalmente e chegou a empurrar servidores e o pró-reitor que foi ao local tentar conter os ânimos.
A Polícia Federal foi chamada e todos os envolvidos foram para a delegacia prestar esclarecimentos sobre o caso.
O reitor da Universidade Federal de Roraima, Jeferson Fernandes, explicou em entrevista para a Folha que um procedimento administrativo vai ser aberto para apurar o incidente.
“Eu tomei conhecimento do episódio e as informações que a gente tem é que o jovem se aborreceu durante o atendimento e se descontrolou. Ele chegou a dar uma cotovelada no chefe da segurança, que reagiu. Houve um contexto onde várias pessoas tentaram apaziguar a situação e testemunharam o descontrole. Como medida, a UFRR fechou o prédio onde o incidente ocorria, chamou a policia federal e todos foram prestar depoimento”.
Fernandes acrescentou que o pró-reitor, professor Wladimir, tentou apaziguar a questão e foi chutado pelo estudante, que teria chamado o pai para ajudá-lo. “Foi um caso isolado, pois a universidade tem estudantes, família e comunidade e não me lembro de situação parecida. Mas quem atende ao público em geral está sujeito a essa situação. A parte administrativa será iniciada na segunda-feira, pois temos que fazer também uma investigação interna”.
ENVOLVIDOS – A reportagem da Folha tentou conversar com o professor Vladimir de Souza, porém não conseguiu localizá-lo. A universidade não disponibilizou o contato do docente. Também tentamos identificar o jovem envolvido no caso, mas não foi possível. O espaço está aberto.
POLÍCIA FEDERAL – A Superintendência de Polícia Federal em Roraima informou por meio de sua assessoria que não se manifestaria sobre o caso. A informação que a Folha teve é que os envolvidos foram ouvidos e a autoridade policial determinou que fosse feito laudo pericial junto ao IML e as peças produzidas serão encaminhadas para análise e determinação de instauração de inquérito sobre o caso para se levantar autoria e materialidade do ocorrido, se houver indícios de crime.