Novo trecho da BR-401 estará liberado para tráfego na segunda

Em implantação desde 2015, a revitalização da BR-401, rodovia federal que liga Boa Vista ao Bonfim, município da região Leste do Estado, deve ser concluída somente em 2020. Entretanto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se prepara para liberar parte dos 124 quilômetros que estão sendo revitalizados.

O trecho de cinco quilômetros estará liberado para tráfego a partir de segunda-feira (24). Essa parte foi duplicada e fica da entrada do Haras Cunhã Pucá até o bairro Cidade Santa Cecília. A obra, que teve início em 2016, tem um custo total de R$ 181 milhões e a conclusão dos serviços está prevista para 2020. 

Para a finalização da rodovia que tem 124 quilômetros de Boa Vista até a ponte na fronteira com a Guiana, o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (Dnit), José Pedro Christ, informou que falta concluir a duplicação da via entre a Ponte dos Macuxi e a vicinal de acesso ao Haras Cunhã Pucá, bem como a extremidade da via no município do Bonfim, que tem dois quilômetros de duplicação em frente ao município. 

“Essa rodovia passa por revitalização e está bem adiantada. Temos apenas duas extremidades para terminar nos segmentos que estão dentro das duplicações. A finalidade dessa comunicação à população é que na segunda-feira próxima o DNIT, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), vai liberar o trecho já concluído, o que deveria ter sido feito antes, mas as chuvas atrasaram a conclusão da sinalização, tanto horizontal quanto vertical, pois era preciso aplicar a sinalização com clima bom, com asfalto quente e seco”, ressaltou Christ.

Ele comentou que dos 124 quilômetros da BR-401, 85% da obra está concluída e os trabalhos deverão ser retomados em outubro, após o término do período chuvoso. Outra etapa da obra se iniciará com a duplicação de dois quilômetros dessa rodovia, da entrada principal do município de Bonfim até a ponte sobre o Rio Tacutu, fronteira do Brasil com a cidade de Lethem, na Guiana. “Essa é uma obra importante para o Brasil, para Roraima, que tem se mostrado favorável às culturas de soja e milho e, em especial, para o fortalecimento do intercâmbio comercial entre os dois países [Brasil e Guiana]”, ressaltou o superintendente do Dnit, em Roraima.

A duplicação da rodovia também deve contribuir para o escoamento da produção de Normandia, região propícia ao plantio em larga escala de soja, de milho, melancia, que inclusive exporta para o Amazonas, como facilitar a exportação direta de mercadorias da zona franca de Manaus para a Europa e até outros continentes, saindo pela Guiana.

Christ disse que os trabalhos para a conclusão da obra não devem atrasar, mesmo diante da crise econômica pela qual passa o país, uma vez que o recurso para essa finalidade já foi previamente garantido.