Usuários reclamam da falta de estrutura

Os abrigos especiais de paradas de ônibus implantados ao longo das principais avenidas da Capital são uma das principais reclamações de usuários que utilizam o meio de transporte para se locomover. Muitos deles estão com a cobertura parcialmente danificada e outros pontos sequer possuem estrutura mínima, obrigando os usuários a esperar os coletivos em pé.
A Folha visitou algumas paradas em Boa Vista onde o fluxo de pessoas é intenso durante todo o dia. Na avenida Mário Homem de Melo, no bairro Liberdade, uma das principais da Capital, muitos pontos de paradas de ônibus estão sinalizados apenas com placas fixadas em postes de energia. Enquanto isso, os usuários esperam pela condução em pé e embaixo do sol intenso. 
É o caso do aposentado Antônio José, de 73 anos, que todos os dias utiliza os ônibus. “É complicada essa situação. Mesmo com a minha idade tenho que ficar em pé todos os dias aqui”, reclamou. Para ele, os usuários de transporte público da Capital deveriam ter mais atenção por parte das autoridades. “A situação não é boa. Deveriam ter paradas cobertas para ficarmos esperando sentados e na sombra, porque para um idoso como eu é complicado ficar esperando em pé”, disse.
O vendedor de doces José Fábio Pereira, de 26 anos, que utiliza os ônibus como trabalho, oferecendo os produtos aos passageiros, afirmou que até mesmo as paradas que possuem bancos e cobertura não dão segurança aos passageiros. “Eu chego na parada e procuro ficar nos lugares que tem menos ferrugem. Às vezes fica só na pontinha e o vento derruba. Na semana passada, teve uma parte desse ferro que se soltou e poderia ter caído na cabeça de alguém”.
Em outros pontos da mesma avenida, mesmo que esteja minimamente conservada, as chuvas são um problema. “Molha do mesmo jeito. Como a cobertura é alta por causa dos ônibus, só faz sombra”, comentou o vendedor.
PREFEITURA – A Prefeitura de Boa Vista informou que o Projeto de Mobilidade Urbana irá contemplar a instalação de 850 abrigos de ônibus em toda a cidade. “Cem destes abrigos serão climatizados e atenderão pontos de grande demanda, como universidades e hospitais”, disse por meio de nota.
A prefeitura informou ainda que o projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, encontra-se em processo licitatório e, depois de seguidos todos os trâmites legais, os serviços serão iniciados. “O projeto contempla também a implantação de 50,76 km de ciclovia e 50 bicicletários, além da revitalização da sinalização vertical e horizontal”, destacou. (L.G.C)