Cotidiano

Projeção de vida dos roraimenses chega a 77 anos em 2060

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada esta semana aponta que a população do Estado de Roraima apresentará uma das menores expectativas de vida do Brasil para os nascidos em 2060. O cenário foi traçado com dados de 2017.  

Segundo as informações divulgadas, os homens roraimenses nascidos em 2060 viverão até os 75,44 anos. Em Rondônia, estado com características parecidas com a nossa, essa perspectiva de vida será menor ainda com apenas 74,03 anos. A média nacional é que os homens vão alcançar 77,9 anos e as mulheres 84,23 anos em 2060.

A pesquisa mostra evolução de vida para os nascidos a partir de 2018 até 2060. Para Roraima a média masculina para os nascidos em 2018 é de 69,76 anos; para quem nascer em 2020 será de 70,36 anos; em 2030 de 72,67 anos; em 2040 de 74,11 anos; em 2050 de 74,96 anos e em 2060 será de 75,44 anos.   

Já a esperança de vida das mulheres roraimenses será uma das menores do país em 2060 e junto com as rondonienses, com 80,3 anos e 80,8 anos respectivamente. 

Na evolução média por ano, as mulheres roraimenses que nasceram em 2018 terão perspectiva de vida de 74,83 anos. Para quem nascer em 2020 a perspectiva será de 75,34; em 2030 de 77,46 anos; em 2040 de 79 anos; em 2050 de 80,08 anos e quem nascer em 2060 a perspectiva de vida será de 80,83 anos.    

Os valores mais altos de esperança de vida feminina serão em Santa Catarina, com 87,6 anos, seguido pelo Paraná, com 87 anos. Enquanto os mais baixos serão os do Piauí, de 72,7 anos, e do Pará, de 73,6 anos. Considerando ambos os sexos, Santa Catarina, hoje, é a que tem a maior esperança de vida ao nascer (79,7 anos) e deverá se manter nessa posição até 2060 (84 anos). No outro extremo, o Piauí deverá ter a menor esperança de vida ao nascer em 2060 (77,0 anos). 

À Folha, o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE em Roraima, Liezer Pino, disse que para ter a base de cálculo da esperança de vida são considerados vários fatores e entre eles os serviços de saúde, saneamento, educação, bem como os índices de violência e criminalidade no estado.

“Roraima apresenta vários destes indicadores abaixo da média nacional, com destaque para os serviços de saúde”, disse. “Um dos principais motivos é que Roraima possui uma das maiores taxas de mortalidade infantil do país e isso influi diretamente nos índices que são usados para fazer essa projeção de perspectiva de vida”, afirmou. 

Liezer apontou três municípios do interior do Estado com taxas de mortalidade infantil extremamente alta, em relação ao restante do país, tais como Uiramutã, que tem 47,19 óbitos por mil nascidos vivos; Caracaraí, com 44,23 óbitos por mil nascidos vivos e Pacaraima, com 39,47 óbitos por mil nascidos vivos. Os dados são de 2017. “Estes dados têm uma relação direta com a esperança de vida no estado”, afirmou. (R.R)