Conforme adiantamos em reportagem publicada na semana passada pela FolhaWeb, candidatos do concurso público da Polícia Militar (PM) decidiram montar acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, em razão do descumprimento de acordos relacionados a retomada de etapas do certame.
No domingo, dia 30 de junho, durante a realização de manifestações em favor da Lava Jato, o governador do Estado, Antônio Denarium, juntamente com o deputado federal Antônio Nicoletti, conversou com o grupo e garantiu que daria anúncios importantes sobre o certame para esta segunda-feira, dia 1º. Com isso, a categoria retirou o acampamento temporariamente.
“Ontem teve o movimento na Praça [Do Centro Cívico] do depurado Nicoletti em prol do Sérgio Moro, e o governador estava lá, fez o discurso dele, a gente também marcou presença em peso, e após esse ato ele [Denarium] pediu que nós retirássemos [o acampamento], pois estava tudo certo para amanhã [hoje], como ele disse em Rorainópolis”, contou Éder Escórcio, assessor de comunicação do Movimento dos Concurseiros de Roraima.
De acordo com Escórcio, o anúncio de divulgação do novo cronograma de etapas do concurso deve ser feito em coletiva de imprensa prevista para às 14h30 de hoje. Entretanto, parte do grupo deverá realizar uma nova concentração ainda nesta manhã, partir das 10h.
“Nós colocamos a questão em plenária, e como o pessoal também estava muito cansado, decidimos retirar as cruzes e o caixão, porque o governo tava muito incomodado com a repercussão do nosso manifesto. Acordamos que vamos nos concentrar hoje, a partir das 10h, na frente do Palácio e aguardar essa coletiva”, completou.
Apesar de o governador ter dado um novo indicativo de que teria resolvido os entraves das etapas posteriores do concurso da PM, Eder Escórcio adiantou que o grupo pode retomar o acampamento, caso não haja anúncios favoráveis.
“Essa suspensão [de realização de etapas] tem que sair até as 18h, senão vamos voltar tudo novamente, bonitinho, do jeito que estava. Se os dois [lados] ficarem tencionando, ou seja, um puxando de um lado e o outro na outra ponta, a corda arrebenta. Então nós temos que ter diplomacia e saber negociar”, salientou.
Sobre as declarações do grupo, a reportagem entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda resposta.