Na quinta-feira passada, dia 27, trabalhadores contratados para atuarem na obra de reforma da Penitenciária de Monte Cristo (Pamc) paralisaram as atividades em razão de atrasos de dois meses de salários. A situação foi noticiada no mesmo dia pela Folha.
José Lima, membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Roraima (Sintracomo-rr), informou que a empresa pediu mais um prazo para efetuar o pagamento dos cerca de 120 trabalhadores que prestam serviços na obra.
“Inicialmente a empresa havia acertado de fazer esse pagamento nesta segunda, dia 1º. No entanto, o dono nos relatou que não poderia efetuar o repasse de imediato, uma vez que ele está fazendo a solicitação ao banco, mas garantiu que tudo estará resolvido até esta terça, dia 2”, contou.
O sindicalista relatou para a reportagem que diante de mais um acordo, os trabalhadores optaram por retomar aos trabalhos. No entanto, ele disse ter sido surpreendido com a informação de outros funcionários teriam sido contratados para atuarem na obra, o que não havia sido acordado na negociação anterior.
“O que nos estranha é que o proprietário havia garantido que não colocaria outras pessoas para trabalharem na obra, ou seja, que manteria apenas aqueles que já estavam por lá e hoje cerca de 30 novas pessoas estavam lá. A gente notou que a empresa descumpriu o que havíamos acordado em negociação”, comentou
Sobre essas contratações, Lima disse que o responsável pela empresa teria justificado ao sindicato que a obra precisaria de uma reposição de pessoal, o que explicaria a presença dos novos trabalhadores. A questão já foi levada ao conhecimento dos órgãos de fiscalização.
“Já comunicamos ao Ministério Público do Trabalho (MPT), à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), e como temos muito imigrante aqui, nós também comunicamos ao Ministério Público Federal (MPF). Esse é um trabalho que o Sintracomo faz para que possamos resolver e é isso que nós queremos chamar a atenção das autoridades que ajudem aos trabalhadores”, salientou.
O sindicalista finalizou ressaltando que os trabalhadores não descartam fazer nova pressão, caso o pagamento não seja efetuado conforme prometido pela empresa.