Política

Texto-base da reforma da Previdência é aprovado em comissão

A aprovação abre caminho para sua apreciação em plenário da Casa, onde, por ser uma emenda constitucional, precisa ser aprovada por dois terços dos deputados em dois turnos

Foi aprovado nesta quinta-feira, 4, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, por 36 votos a 13, o texto-base da reforma da Previdência. A aprovação do documento, elaborado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), ocorreu em meio a fortes críticas da oposição.

Com a validação, os parlamentares agora precisam votar 29 destaques, que são pedidos de partidos e deputados, para que uma parte específica da proposta seja analisada separadamente.

A aprovação abre caminho para sua apreciação em plenário da Casa, onde, por ser uma emenda constitucional, precisa ser aprovada por dois terços dos deputados em dois turnos.

Não foi divulgado o impacto fiscal da terceira e última versão do parecer de Moreira — a segunda previa gerar uma economia de cerca de R$1 trilhão em 10 anos, como deseja a equipe encabeçada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O texto aprovado não inclui Estados e municípios na reforma. Também não contempla regras previdenciárias mais brandas a policias, conforme vem defendendo publicamente o presidente Jair Bolsonaro, que tentou garantir mudanças na idade mínima de aposentadoria para policiais, mas não houve acordo.

O governo pretende ter a reforma aprovada na Câmara antes do recesso parlamentar no dia 18 de julho. No segundo semestre, a matéria seguiria para o Senado, onde também precisa ser aprovada por maioria de dois terços e em dois turnos.

A sessão de votação do parecer apresentado pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) começou por volta das 10 horas.

Com o apoio de partidos do chamado Centrão, foram derrubados pedidos da oposição para inverter a ordem dos trabalhos e pela retirada de pauta da proposta.

O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, acompanhava pessoalmente os trabalhos na comissão e chegou até a se sentar ao lado do relator para conversar sobre a proposta.

Antes da votação nominal, os líderes dos partidos se posicionaram sobre a orientação de votação de seus parlamentares.

DEM, PSDB, PRB, PSL, PP, PL, PSD, MDB, Solidariedade, PTB, Podemos, Pros, PSC, Cidadania, Novo, Avante e Patriota orientaram seus deputados a votarem a favor. Já o PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Partido Verde, PT e Rede orientaram contra a proposta.