Cotidiano

Farmacêutico também pode atuar no mercado de suplementos alimentares

VANESSA FERNANDES

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Vendidos facilmente em mercados, farmácias e lojas naturais, os suplementos alimentares se tornaram os queridinhos de quem procura ter uma vida mais saudável. Entre 2010 e 2016, por exemplo, o faturamento do mercado da suplementação alimentar passou de R$ 637 milhões para R$ 1,49 bilhão – uma alta de 119%, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri). Entretanto, mesmo que estes sejam isentos de prescrição médica, a consulta a um farmacêutico antes de adquirir o produto é essencial. 

Com a crescente demanda do uso de suplementos no Brasil, o Conselho Regional de Farmácia (CFF) decidiu regulamentar através da Resolução 661 de 2018 a atuação do profissional de farmácia na prescrição destes produtos. “O papel do farmacêutico é, sobretudo, primordial no acompanhamento do uso correto. Ele pode também solicitar exames laboratoriais, não para diagnóstico, mas para verificar a necessidade específica de nutrientes e assim prescrever uma suplementação adequada para cada um de seus pacientes”, explica o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Adônis Motta.

Geralmente apenas uma alimentação saudável deve suprir as necessidades de nutrientes. Porém, para quem deseja um alto desempenho nos exercícios, a suplementação pode gerar melhores resultados. Segundo Motta, “Devido à necessidade de muitos elementos químicos para realizar a construção do corpo e suprir as necessidades específicas dos exercícios físicos, o uso do suplemento é recomendado para alguns casos”.

Foi exatamente o que aconteceu com o designer gráfico Pedro Cavalcante, que começou a utilizar a suplementação após perceber que sua imunidade estava sempre baixa, mesmo que sua dieta fosse prescrita por nutricionista. “Passei a me recuperar muito mais rápido e tive uma série de benefícios. Era muito comum que eu acabasse adoecendo após uma semana de atividades físicas intensas. Agora acabou se tornando algo muito raro”, explica. 

Assim como os medicamentos, esses produtos requerem um tratamento adequado e em certas situações, a atenção deve redobrada. “Nem todos precisam utilizar suplementação. Isso varia de caso a caso e nem todo mundo pode tomar a mesma coisa. O farmacêutico, ao realizar sua consulta, sempre em parceria com o médico, deve verificar se o paciente possui problemas de saúde como hipertensão e diabetes. Os fatores biológicos e fisiológicos podem interferir negativamente quanto ao uso inadequado dos suplementos”, finaliza Motta.