Logo que o dia do sábado, 13, começou em Boa Vista, aconteceu uma série de crimes que só foi encerrada na madrugada do domingo, 14. Em menos de 24h quatro pessoas foram mortas na Capital em crimes de homicídio com emprego de arma branca e arma de fogo, além de um cadáver ter sido localizado numa vicinal que fica na região de Mucajaí.
O primeiro caso foi registrado por volta das 5h25 do dia 13, numa parada de ônibus que fica às margens da Avenida São Sebastião, bairro Santa Tereza, próximo ao abrigo da Operação Acolhida. A vítima foi reconhecida como o venezuelano Carlos Alfredo Velasquez, de 28 anos. A Polícia Militar foi acionada por um popular e quando chegou ao endereço viu que a vítima estava deitada, como se estivesse repousando em cima do banco que fica dentro da referida parada de ônibus.
No entanto, ao se aproximar, a guarnição descobriu que Carlos tinha sido assassinado a pauladas que dilaceraram sua face, de modo que o rosto ficou totalmente desfigurado. Como havia a suspeita de que Carlos Alfredo pudesse ser reconhecido por venezuelanos, considerando que o abrigo fica nas proximidades, alguns imigrantes e um brasileiro que trabalham na portaria do abrigo foram até a parada.
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Ao avistarem o corpo, reconheceram a vítima e o porteiro do abrigo relatou que na noite da sexta-feira, 12, ele não tinha entrado no abrigo para o pernoite, considerando que durante o dia muitos trabalham e outros têm atividades laborativas informais, como a venda de produtos nos semáforos.
A perícia criminal foi até o endereço e realizou os procedimentos técnicos antes do cadáver ser removido pelo rabecão até a sede do Instituto de Medicina Legal (IML). Apesar do exame de necropsia ter sido realizado, o corpo foi liberado no mesmo sábado. Na manhã de ontem, 14, responsáveis pelo abrigo compareceram para fazer a liberação. O corpo será transladado para o país de origem da vítima, onde será sepultado. A motivação do crime ainda não foi esclarecida. A Polícia Civil investiga se tem relação com xenofobia. (J.B)
