Polícia

MP diz que acusado de matar empresário pode fugir de RR

O Ministério Público de Roraima (MPRR) interpôs recurso contra decisão judicial que resultou no relaxamento da prisão de Eriton Leitão Brandão, suspeito de matar o empresário Antônio Coelho de Brito, de 69 anos, a golpes de pá, no último dia 16 de junho. O crime foi praticado na oficina mecânica da vítima, no bairro Pricumã.

No pedido, protocolado no dia 22 de julho, o MPRR, por meio da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri, pede a reformulação da decisão e que seja decretada a prisão temporária do investigado.

Eriton Leitão Brandão foi posto em liberdade no dia 12 de julho. Na ocasião, o MPRR havia manifestado pela decretação da prisão temporária para se realizar novas diligências na tentativa de elucidar o crime. Mas o juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri indeferiu o pedido e decidiu soltar o preso.

Para o Ministério Público, a prisão temporária do acusado é imprescindível ao êxito das investigações em razão do risco iminente de o suspeito fugir. Consta no recurso que o amazonense Eriton Brandão não possui residência fixa e chegou há menos de dois meses em Boa Vista. Também não constam nos autos declaração ou cópia da Carteira de Trabalho que comprovem emprego fixo na Capital.

O promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Diego Oquendo, alerta ainda para o fato de o acusado ter antecedente criminal referente a um crime de violência doméstica praticado no dia 07/06/2019, nove dias antes da morte do empresário.

“A soltura do acusado cria um cenário de pânico e uma sensação de impunidade no já caótico seio social de Roraima, incentivando a prática de novos delitos graves e deixando em desprestígio os órgãos encarregados da manutenção da paz pública e da Justiça”, lamenta o Promotor.

Entenda o caso

O empresário Antônio Coelho de Brito, o Simbaíba, de 69 anos, foi assassinado a golpes de pá, na própria oficina, no bairro Pricumã. Na ocasião, a vítima flagrou o indiciado dentro da sua propriedade.

À época, após realizar diligências, a polícia chegou a prender dois venezuelanos suspeitos do crime. Porém, novos indícios levaram à prisão de Eriton Leitão Brandão. A identificação do acusado foi possível a partir de imagens obtidas por câmeras de segurança localizadas nas imediações da oficina da vítima.

Depois de confessar que matou o empresário, Eriton Brandão foi encaminhado à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), onde ficou preso por 23 dias.