Cotidiano

Inadimplentes devem R$ 80 milhões

Segundo o presidente da Caer, 60% dos devedores são consumidores comerciais, industriais e residenciais; o restante é de órgãos públicos

O presidente da Companhia de Águas e Esgoto de Roraima (Caer), Danque Esbell, esteve na manhã de ontem no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020, com apresentação do radialista Getúlio Cruz, e falou sobre as medidas tomadas neste ano pela empresa para melhorar o serviço prestado à população e também sobre a inadimplência dos clientes da companhia, que chega a acumular R$ 80 milhões no Estado.
Além disso, Esbell lembrou que está valendo, desde o dia 15 deste mês, o reajuste da tarifa de água em 12%, em que o valor mínimo residencial passou de R$ 14,75 para R$ 16,52 para cada 10 mil litros de água tratada. “Desde 2011, não havia reajuste na tarifa”, frisou. Conforme o presidente, vários fatores foram citados como colaboradores do aumento da tarifa da água no Estado. Dentre eles, a gasolina mais cara, que influencia diretamente nos custos dos produtos químicos adquiridos fora do Estado e necessários para o tratamento da água, aumento nas tarifas de energia, a inflação, entre outros. 
O presidente da Caer revelou ainda que apesar do aumento dos gastos, que não acompanham o aumento da arrecadação, houve uma ampliação no índice de atendimento tanto de água quanto de esgoto. Conforme Esbell, a companhia é responsável por atender 100 mil clientes com água tratada e fornecimento de esgoto para residências, comércios, empresas e órgãos públicos. Sendo cerca de 90 mil somente na Capital, atendendo a 99% da cidade.
Ele explicou que atualmente a empresa fornece 100% de água tratada, mas que só 40% é faturada devido à inadimplência dos clientes. “Isso acarreta um prejuízo enorme para a CAER, mostrando um impacto social e financeiro muito grande. Na verdade, para corrigir esse número, seria necessário um aumento de 26% na tarifa”, enfatizou Esbell. 
“Hoje nós temos um índice mensal de inadimplência de 10% dos serviços particulares mas acumulamos mais de R$ 80 milhões, sendo cerca de 40% de endividamento dos órgãos públicos e 60% de comercial, industrial e residencial”, afirmou Esbell. 
Para solucionar a situação e arrecadar o faturamento para investimentos, o presidente da Caer afirmou que serão realizadas ações para regularização desses clientes. “Nós vamos realizar um grande trabalho para identificar essas pessoas e fornecermos condições para que elas possam se regularizar. Deste modo, poderemos pôr a empresa em dia e fornecer mais investimento e, consequentemente, mais qualidade na água que chega à casa dos consumidores”, concluiu. (JL)