No começo da tarde dessa segunda-feira, 12, populares que passavam por um caminho que leva ao marco da fronteira entre Brasil e Venezuela, na cidade de Pacaraima, norte do Estado, depararam-se com o cadáver de um homem em estado de decomposição, parcialmente encoberto por um fogão. A vítima ainda não tinha sido identificada até o fim da tarde de ontem.
A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local onde o corpo estava, sendo um terreno que passa pelos fundos de uma residência. No entanto, a Força Nacional de Segurança (FNS) ficou responsável pela ocorrência. Conforme a Polícia, pelas características, o corpo está no local há mais de 48h. Ainda segundo as equipes policiais, a região da cabeça ficou bastante comprometida, por isso há suspeitas de que a vítima tenha sofrido um trauma no crânio antes de morrer, mas apenas a perícia vai determinar se houve de fato alguma lesão.
Além de um fogão velho que cobria parte do corpo, as equipes também levantaram a hipótese de que quem praticou o crime tentou ocultar o cadáver, porque havia capim seco por cima da outra parte do corpo que foi colocado dentro de um pequeno buraco. Nenhum suspeito do crime foi preso até o começo da noite de ontem.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Elias Santana, disse que mesmo que o caso esteja sob a responsabilidade da Força Nacional, a guarnição da PM constatou indícios de que o cadáver pode ter sido arrastado do lado venezuelano para o lado brasileiro e desovado em Pacaraima. Há marcas no mato e pegadas que levaram os policiais a levantarem essa possibilidade.
“Mas não podemos fazer essa afirmativa, até porque esses indícios de crime devem ser constatados pela perícia científica, mas os policiais seguiram a rota do amassamento do mato. A conclusão é de que esse cidadão possivelmente tenha sido assassinado do lado venezuelano, do que também não temos comprovação, mas essa é a indicação, e que foi desovado próximo à linha de fronteira, alguns passos para dentro do território nacional.
O caso será investigado pela Delegacia de Pacaraima. O Instituto de Medicina Legal (IML) foi acionado ainda na tarde dessa segunda-feira para fazer a remoção do corpo que vai passar por exame cadavérico. (J.B)