As primeiras mudas de Cajueiro anão de Roraima foram plantadas na última segunda-feira (12) no município de Normandia, região ao leste do Estado. Esta é mais uma etapa do projeto Polo do Cajueiro, que visa incentivar a agricultura familiar para futuras produções de polpas, bebidas e comercialização da castanha.
A Embrapa Roraima disponibilizou cerca de 12 mil sementes que foram semeadas em viveiros do município e 1200 garfos para enxertia. O trabalho foi acompanhado por uma equipe técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA).
O projeto beneficia diretamente 25 produtores locais da sede, já com expectativa de expansão para outros municípios como Cantá, Bonfim e Boa Vista. De acordo com o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Turismo, Charlyel Correa “Esta demanda é discutida desde 2018 e surgiu através do Fórum da Agricultura Familiar. Conseguimos colocá-lo em execução este ano com as sementes que são oriundas do Ceará e vão servir não só para produção mas para disseminação” disse.
57 famílias estão inscritas no projeto, que estima que cada uma delas, seja responsável por um hectare com 208 plantas. “A nossa expectativa é que este número chegue a 100 e que no próximo ano possamos alcançar as comunidades indígenas. A intenção é trazer uma fabrica de processamento que vai gerar emprego e renda no município” complementa Correa.
Cajucultura produz quatro milhões de toneladas de castanha no mundo
De acordo com a Embrapa, a cultura do caju apresenta grandes perspectivas de crescimento no mundo. A atividade está principalmente baseada na castanha. Por ano, são produzidas quatro milhões de toneladas e a estimativa é que até 2025, o número seja de oito milhões.
No Ceará, a cajucultura traz forte importância socioeconômica para o nordeste. A produção de castanha em 2010 foi de 121.045 toneladas, 57.557 produtores distribuídos em cinco polos e o valor bruto da produção (VBP) alcançou mais de R$ 148 milhões.
O cultivo do caju é indicado para regiões de clima seco e quente, perfil facilmente encontrado nos cerrados de Roraima.