Na tarde de ontem, dia 17, os moradores do Treze de Setembro realizaram um ato público para cobrar a reabertura da mais antiga unidade de ensino da localidade. A escola do bairro está fechada desde 2013 e quase foi desativada pelo Governo o início deste ano.
Presidente interino da associação de moradores, Wenderson Mendes contou à reportagem que o ato se deu em razão de um boato relacionado à possibilidade do prédio da escola ser utilizado como abrigo para imigrantes venezuelanos.
“Aqui no bairro tem todos os tipos de pessoas. Tem servidor público, comerciante, gente que trabalha com político e teria saído esse rumor que a escola se tornaria abrigo. Antes disso teve aquela audiência pública na Assembleia e a secretária [de Educação] disse que isso não iria acontecer, porém, não deu uma resposta à comunidade que quando a unidade seria reaberta”, disse.
Além dos moradores, a ação contou ainda com as presenças dos deputados Nilton do Sindpol (Patriota) e Evangelista Siqueira (PT). Eles são categóricos em afirmarem que não desejam ver a unidade virar abrigo, uma vez que as demandas de educação e de atividades sociais no bairro são crescentes.
“Os moradores estão insatisfeitos porque a escola está fechada há seis anos, o atual Governo tentou um decreto para desativar a unidade, mas acabou voltando atrás após a repercussão que deu. Eu moro no bairro desde que nasci, há 25 anos, e muitas atividades sociais eram realizadas por lá. Fora que com ela fechada, os alunos estão tendo que ir para escolas mais afastadas”, destacou.
Sobre a questão, O Governo do Estado informou, em nota, ser inverídica a informação de que a Escola Estadual Treze de Setembro será transformada em abrigo para imigrantes venezuelanos.
“O Governo de Roraima reafirma o compromisso com a educação do Estado. A Escola Treze de Setembro será reformada e os recursos inclusive, já foram alocados e a obra será iniciada em breve”, completou.
A nota reforça que a responsabilidade da questão de abrigos é do Governo Federal, por meio da Operação Acolhida.
“Lamentamos que pessoas sem nenhum compromisso com o Estado de Roraima continuem preferindo espalhar notícias mentirosas, ao invés de contribuir com a melhoria da nossa educação”, concluiu.