Cultura

Profissionais ressaltam a contribuição da fotografia para a sociedade

Celebrada sempre no dia 19 de agosto, data reverencia uma das criações mais revolucionárias da história da humanidade

Nesta segunda-feira, dia 19, é comemorado o Dia Mundial da Fotografia, data que reverencia uma das criações mais revolucionárias da história da humanidade. Ela é responsável por transmitir as mais variadas sensações e eternizar grandes momentos em forma da imagem.

Em Roraima, o ramo tem se diversificado com o passar dos anos. Hoje em dia é mais fácil para encontrar profissionais atuando em diversas áreas da fotografia, seja ela artística, familiar, infantil, pessoal, publicitária, de moda ou no fotojornalismo.

Atuando como profissional há cinco anos, a roraimense Diane Sampaio relata o quanto significativo é a fotografia na sua vida. A jovem de 23 anos começou a se interessar por essa expressão graças à faculdade e hoje é considerado um referencial entre as mulheres.

“O mercado da fotografia está sempre em constante mudança e isso faz com que eu precise estar sempre em evolução. Isso me faz melhorar como profissional de alguma forma, porque cada dia é um novo aprendizado”, revelou. 

A fotografia foi se aperfeiçoando com o passar dos tempos

Além de atuar como fotojornalista, ela também realiza ensaios fotográficos, uma vertente bastante concorrida no Estado. “Cada momento fotografado merece um olhar específico para aquilo. O que eu tenho que passar no fotojornalismo é diferente que eu tenho para fotos de família, por exemplo. Confesso que ainda não tenho uma [vertente] preferida, fico muito dividida, mas gosto de ambas”, declarou.

Outro que também fez da fotografia uma profissão é Rodrigo Sales. Sua paixão por elas começou de forma tímida, mas com o passar dos anos passou a ser avassaladora. 

“O primeiro contato que tive foi trabalhando com jornalismo. Era motorista e acompanhando os repórteres nas pautas, acabei tendo curiosidade. Nisso, o editor do jornal viu algumas fotos que fiz e postei nas minhas redes sociais. Ele então me pergunto se eu toparia fazer um teste. Hoje sou realizado com que faço”, ressaltou.

A fotografia deu tão certo na vida dele que aos 29 anos acabou sendo convidado para cobrir os fatos mais recentes envolvendo a crise migratória em Roraima para um veículo de comunicação renomado no país.

“Eu cobri os conflitos na fronteira Brasil/Venezuela e as visitas de representantes da ONU no Estado. Também faço a cobertura de outros fatos que ocorrem aqui e é algo muito bacana, pois dá visibilidade ao que a gente faz”, completou.

Diane Sampaio tem 23 anos e atua como fotógrafa da Folha BV

Para ele, o mais importante na fotografia é a capacidade que ela possui para traduzir o momento e fixar-se na mente das pessoas. “O mais importante é que ela transmita o que realmente está ocorrendo. É um relato que não precisa de palavras. A imagem, por si só, já diz tudo. Já conta a história”, pontuou.

DIA DA FOTOGRAFIA – A primeira fotografia reconhecida no mundo, segundo historiadores, foi feita no ano 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce. Entretanto, o desenvolvimento da mecânica que conhecemos hoje é graças à somatórias de vários estudos e invenções, sendo a principal delas o daguerreótipo, de Louis Daguerre. 

Com o passar dos anos, as mecânicas de produção foram se modernizando. Indo da placa de cobre revestida com prata, passando para utilização do processo fotomecânico de impressão de provas a partir da mesma matriz até chegar nas câmeras mais modernas que temos hoje.

“Culturalmente, a forma dos registros se alterou. As fotografias passaram a compor os diários, jornais e trouxeram cenas muito importantes, valorizadas como registro histórico”, destaca o coordenador da Assessoria de História, Filosofia e Sociologia do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Junior.

Se por um lado a data é encarada com uma evolução histórica, por outro, Nicolazzi analisa que aprimoramento tecnológico tornou esse tipo arte passível de perder originalidade que a fez marcante para o mundo.

“Sabemos de manipulação de imagens durante a revelação ou até mesmo montagem de fotografias e criação de fatos, como aquela famosa fotografia dos soldados estadunidenses em Iwo Jima segurando a bandeira dos Estados Unidos. Hoje, nós temos um sem número de aplicativos que permitem que essas fotografias possam ser manipuladas – e a veracidade delas, enquanto documento, fica cada vez mais questionável”, frisou.

*Com informações Britannica Digital Learning. 

Rodrigo Sales é fotojornalista há seis anos e já trabalhou para a Folha BV