Cotidiano

Concursados demitidos da Codesaima fazem manifestação

Concursados buscaram apoio de deputados para que demissões fossem reavaliadas pelo governo do estado

Parte dos Servidores concursados demitidos da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Roraima (Codesaima) em fevereiro deste ano, sob justificativa de crise financeira por parte do governo do estado de Roraima e alegações de local insalubre para a realização de trabalhos no Matadouro e Frigorífico Industrial, (Mafir), estiveram na manhã desta quinta-feira, 22, realizando protestos na Assembleia Legislativa em busca de apoio de deputados para que sejam reintegrados em outros cargos da Companhia ou realocados para outras secretarias do estado.

Conforme explicado pelo Presidente do Sindicato dos Urbanitários, Gissélio Cunha, que estava prestando apoio à categoria, os trabalhadores cobram direitos por meio de manifestações pacíficas para que os poderes resolvam a situação dos cargos garantidos por concurso realizado no ano de 2018.

“Estamos representando os servidores porque também são trabalhadores do estado, portanto merecem total apoio. A reivindicação é que os 33 empregados que foram emprestados à secretaria de educação por decisão judicial e posteriormente demitidos pela segunda, vez pelo governo, sejam reintegrados aos cargos”, explicou.

O auxiliar de produção da Codesaima, Josimar Frazão, ressaltou a indignação dos servidores que foram demitidos em massa pela Companhia e a postura do governo estadual que, de acordo com ele, descumpriu acordo de reintegração, deixando alguns servidores sem emprego.

“A manifestação tem intuito de resolver de forma definitiva essa situação que vivemos com a Codesaima. Passamos em um concurso e vencemos cerca de 18 mil candidatos e após intervenção judicial para organização da empresa, tomamos posse e para a nossa surpresa a nova diretoria manda realizar a demissão de pais e mães de família”. 

Josimar Frazão ainda ressaltou que os trabalhadores não estão na posição de seletivados e sim concursados, o que deveria garantir a redistribuição dos servidores em outros quadros da empresa.

“A empresa poderia nos alocar dentro da companhia porque sabemos que os funcionários ainda são necessários, mas o que fizeram foi jogar fora uma mão de obra qualificada como se fossemos papel de descarte. Somos seres humanos e necessitamos desse trabalho. Temos colegas com depressão e até passando fome, e em nenhum momento recebemos assistência da diretoria para saber do que estamos vivendo. Fomos excluídos de eventos da Codesaima, o que deixa claro a separação dos outros servidores da companhia”, desabafou.

Codesaima diz que realocação de servidores possui prazo de dois anos 

A Companhia de Desenvolvimento de Roraima, Codesaima, se manifestou por meio de nota e disse que o acordo que possibilitou a cessão dos trabalhadores reintegrados, por meio de liminar judicial, à Secretaria de Educação e Desporto possui prazo de até dois anos, cumprindo assim o objetivo de conseguir realocar os ex-empregados em algum ambiente de trabalho enquanto uma ação judicial tramita perante a Justiça Trabalhista.

“Os funcionários demitidos do Matadouro Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir) possuem direito à manifestação. A Companhia informa que tem feito o possível para que o afastamento desses servidores siga de forma legal e transparente. Quando a Empresa firmou o acordo de cedência desses trabalhadores para a Seed, perante a Justiça do Trabalho, era uma maneira de mantê-los em atividade e não caso de garantia de emprego”.

Ainda de acordo com a nota, a Codesaima permanecerá perseguindo nos autos dos processos trabalhistas a defesa do seu direito de administrar o seu quadro de empregados, com o objetivo de alcançar reequilíbrio financeiro.