Cotidiano

Mais de 6 mil venezuelanos foram interiorizados em 2019

Desde 2017, 415 mil venezuelanos passaram pelo Brasil, sendo que cerca de 162 mil permanecem em território nacional

Mais de seis mil imigrantes venezuelanos saíram de Roraima entre os meses de janeiro e julho deste ano e foram para outros estados para recomeçar a vida no território brasileiro. A ação, chamada de interiorização, é um dos pilares da Operação Acolhida, que auxilia os venezuelanos que chegam ao Brasil a fugir do agravamento da crise política e econômica no país vizinho.

Desde 2017, 415 mil venezuelanos passaram pelo Brasil, sendo que cerca de 162 mil permanecem em território nacional, de acordo com a Casa Civil da Presidência da República.

A partir da interiorização, os imigrantes têm a oportunidade de ingresso no mercado de trabalho e do reinício de uma nova vida. A adesão à estratégia é voluntária. Quem quer participar recebe informações sobre as cidades de destino e condições para serem abrigados.

O transporte para estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e Minas Gerais é feito, principalmente, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). As companhias aéreas também participam cedendo gratuitamente assentos que ficariam vagos em aeronaves que partem de Boa Vista, Roraima. Nesse caso, não são cobradas as taxas de embarque aeroportuárias.

Em alguns casos, os venezuelanos já viajam com vagas de emprego sinalizadas, oferecidas por empresas locais e têm ajuda de custo para as necessidade iniciais paga por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), e pelo governo federal.

De janeiro a julho, venezuelanos protocolaram mais de 23 mil solicitações de refúgio ao chegar na fronteira brasileira, segundo a Casa Civil.

Operação Acolhida

A Operação Acolhida foi lançada pelo governo federal em março de 2018 no esforço de combater a crise humanitária provocada pela onda migratória venezuelana. A ação envolve esforços conjuntos de 16 ministérios, órgão estaduais e municipais, Forças Armadas, agências do sistema ONU e organizações não-governamentais, sendo coordenada pela Casa Civil da Presidência da República.

Para este ano, a União autorizou, segundo a Casa Civil, um orçamento de R$ 253 milhões para a Operação Acolhida. A estratégia recebe ainda recursos de organismos internacionais que chegam a US$ 50 milhões no período de um ano.

* Informações do Governo Federal