Após uma investigação que foi iniciada em dezembro do ano passado, a Polícia Civil, por meio de agentes do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), prendeu no início da manhã dessa quarta-feira, 28, em cumprimento de Mandado de Prisão Preventiva, um professor de jiu-jitsu, de 42 anos, acusado do crime de estupro de vulnerável. O caso chegou ao conhecido da Polícia depois que as mães de três alunas registraram Boletim de Ocorrência (B.O) relatando os abusos sexuais.
As crianças têm idades de 10, 11 e 12 anos. Elas foram ouvidas e, em suas declarações, afirmaram que o suspeito as levava para o quarto e praticava os abusos sexuais. O inquérito policial foi instaurado pela delegada Verlânia Assis em dezembro de 2018, mas os fatos aconteceram em outubro do mesmo ano. Quando foi interrogado pela delegada Jaira Farias, o instrutor negou veementemente as acusações.
De acordo com a autoridade policial, os fatos aconteciam na academia, que funcionava dentro da casa dele, no Conjunto Pérola, bairro Doutor Airton Rocha. As vítimas foram encaminhadas para exame pericial no IML (Instituto de Medicina Legal) e o laudo confirmou que houve a conjunção carnal com uma das vítimas, a menina de 11 anos. “A criança afirmou que perdeu a virgindade com o instrutor e que, inclusive, ele chegou a pedir para namorá-la”, detalhou a delegada Jaira Farias.
Ainda de acordo com a delegada, no caso da segunda menina que registrou ocorrência policial, não foi confirmada a consumação sexual, mas houve o assédio e práticas de atos libidinosos. “Por meio das investigações, colhemos inúmeros depoimentos de outras alunas. Elas relatam que ele as levava para o quarto dele e pedia para que elas pegassem em seu pênis e passava a mão nelas, mesmo na frente de outras garotas”, detalhou a delegada.
A delegada Jaira Farias orienta os pais e responsáveis por crianças e adolescentes para que reforcem a vigilância e estejam atentos aos filhos para evitar que sejam vítimas de abusos sexuais. “Nossa orientação é que os pais orientem os filhos, conversem e estejam atentos, principalmente às mudanças comportamentais, pois elas ocorrem. É importante orientar os jovens que qualquer toque nas partes íntimas não é normal, não faz parte do treinamento, seja qual for à modalidade de esporte, pois, devido à ingenuidade das crianças, muitas vezes o abusador se aproveita. Neste caso aqui era um projeto social e todas as vítimas são crianças”, disse a delegada.
Após as medidas administrativas, no NPCA, o instrutor foi encaminhado à Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo), aonde permanecerá à disposição da Justiça. (J.B)