MARCOS MARTINS
Editoria de Cidades
Representantes dos candidatos aprovados no cadastro de reserva estiveram em sessão da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (29) para pedir uma mudança de subitem do edital do concurso da Polícia Militar. Segundo os representantes, o intuito deles é ampliar o número de pessoas no cadastro de reserva do concurso.
A presidente da comissão do cadastro de reserva, Rogelma Rodrigues, afirma que o edital do concurso, lançado ano passado, possui itens que acabam se contradizendo. “O concurso foi lançado para 400 vagas e o governador pode chamar até 1.200 pessoas. Mas o próprio edital se contradiz, e nessa situação, hoje, de candidatos classificados fora do número de vagas que atingiram a média da prova, temos candidatos com 55 pontos que estão eliminados por conta deum subitem”, afirma.
Segundo a comissão, atualmente são 1.900 candidatos que estão nessa condição de classificados, mas fora do número de vagas. “Estamos aqui para sensibilizar e para que se possa fazer uma retificação do subitem 2.5 pra uma ampliação do cadastro de reserva, ou seja, esses 1900 candidatos ficariam classificados fora do número de vagas, mas estariam à disposição do Executivo. E quando tivesse uma folga financeira, para que daqui a quatro anos não haja necessidade de que se possa fazer um novo concurso público. Isso geraria uma grande economicidade para o estado e até uma praticidade”, avalia Rogelma Rodrigues.
Ainda conforme os candidatos, essa é uma chance de resolver o problema da defasagem de pessoal da Polícia Militar. “A gente sabe que o concurso da PM é diferenciado. Existem baixas, você convoca 1200 para o TAF [teste de aptidão física] e em torno de 40% reprova. Digamos que de 1200 sobra 400, e podia ser chamados esses outros. Então o subitem 2.5 trava isso. Então é justamente essa questão da praticidade e economicidade para que não se faça um concurso futuramente e amplie esse cadastro de reserva. É uma questão administrativa e não gera custo financeiro. O próprio STF tem um entendimento de que o direito à nomeação que acontece para os candidatos classificados dentro do número de vagas também se estende aos candidatos classificados fora dessas vagas, enquanto houver a validade do certame. É uma necessidade do estado, afinal estamos falando de segurança pública”, finaliza Rogelma.
Aprovados pedem celeridade na continuidade do concurso
Além dos aprovados que estão no cadastro de reserva, estiveram presentes integrantes da comissão dos 1.200 candidatos classificados no concurso da Polícia Militar dentro do número de vagas. O grupo pede celeridade no andamento das etapas do concurso.
Para o integrante da comissão dos classificados, Lucas Barreto, a ideia é que o concurso seja homologado o mais rápido possível. “A gente está aqui cobrando mais uma vez o cronograma da PM, que vem demorando. Não tem mais motivo de demora. O orçamento desse ano só vale até o dia 31 de dezembro e esse recurso a gente conseguiu com muita luta. Estamos vigilantes sempre cobrando os parlamentares para que tenha agilidade nesse processo. Sabemos que é um concurso demorado, com várias fases, e que a gente não vai ser chamado agora por causa dessa situação de crise que o estado se encontra. Tudo isso a gente entende, mas queremos que as etapas do concurso andem para que o concurso possa ser homologado”, destaca Lucas.
Por meio de nota, o governo estadual afirmou que está cumprindo o edital do concurso da Polícia Militar de Roraima quanto à delimitação do número de aprovados para compor o cadastro reserva, não podendo haver alteração. Já a Universidade Estadual de Roraima (UERR) destacou que o cronograma será divulgado quando houver a confirmação do repasse dos recursos que foi destinado para o referido concurso.