As chuvas mais escassas demonstram que o inverno está chegando à reta final. O sol já está aparecendo com mais frequência e com a temperatura máxima beirando os 36 graus o roraimense começa a se preparar para enfrentar mais um período de calor que sempre começa do final de agosto para o começo de setembro, época em que inicia o período de queimadas no Estado.
Segundo o diretor da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros de Roraima, coronel Cleodiomar Ferreira, a detecção sistemática de focos de calor no Estado é realizada pelo satélite do Sistema BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ele afirmou ontem que ainda não há registros de queimadas no Estado.
“Via de regra, o período chuvoso no Estado termina de agosto para setembro e os agricultores começam a fazer a broca, que é a limpa de arbustos mais baixos para a derrubada de árvores. Sabemos que isso acontece sem a permissão do órgão ambiental e estas queimadas, como não têm autorização, também não têm acompanhamento e controle, e geralmente acabam em incêndios. Esse é problema maior”, disse.
Na tarde de ontem, em consulta ao satélite do Inpe, foram detectados cinco focos de calor no Estado, sendo nos municípios de Alto Alegre, Pacaraima, Caroebe, Iracema e em Mucajaí.
“Mas não dá para afirmar que é queimada. Pode ser alguém queimando lixo no quintal, ou até mesmo, como o sol esteve mais forte nestes últimos dias, o reflexo do sol que bate nas rochas, isso aquece a pedra e é detectado pelo satélite como foco de calor, mas especifica se é de queimadas”, disse.
Quanto à possibilidade de chuvas, ele informou que no interior do Estado, mais especificamente na região Sul, o satélite mostra que há cobertura nuvens espessas e que pode haver chuvas esporádicas nos próximos três dias. Já na região Norte, o céu se apresenta com pouca cobertura de nuvens, o que indica possibilidade de não chover neste período. (R.R)
Meteorologia afirma que ainda pode chover neste início de mês
– Mesmo ainda com chuvas, verão já começa a dar sinal no Estado (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)
O boa-vistense que estava acostumado com a temperatura amena nos últimos meses devido ao período chuvoso, já começa a sentir o calor que o fim do inverno proporciona e a temperatura vai manter-se entre 35 e 36 graus de máxima para os próximos dias, conforme afirmou o meteorologista da Femarh (Fundação de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Ramos Alves.
Ele citou ainda que chuvas com ventos fortes, raios e trovões, como sempre acontecem aos finais de inverno e começo de verão, no Estado, ainda devem acontecer, porém não afirmou se o boa-vistense vai enfrentar um verão mais rigoroso este ano.
“Ainda não temos como afirmar se o verão será mais rigoroso ou não, este ano, em Roraima. Mas podemos dizer que a tendência é o roraimense enfrentar calor, mas ainda com algumas chuvas esporádicas seguida de temperatura alta, mas não vamos chegar, por enquanto, aos 37 graus”, afirmou.
Ramon disse que a previsão para os próximos dias é de tempo claro e céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas tanto na capital quanto nos municípios do interior.
“Essas chuvas que pegaram algumas pessoas desprevenidas, é normal de acontecer, faz parte do fim do período chuvoso em Roraima e é normal que as chuvas diminuam em setembro, quando deve chover em torno de 100 milímetros no mês, e em outubro, sim, que é o início do período seco, mas geralmente acontece de cair alguma chuva ainda”, afirmou.
Ele alertou para as chuvas que historicamente ocorrem no final de agosto para início de setembro com ventos mais fortes, que chegam com até 60 km por hora, e que sempre ocasionam derrubada de placas e de árvores em Boa Vista e municípios próximos e que são acompanhadas de raios e trovões.
“Todos os anos ocorrem dois ou três eventos dessa natureza, no final do período chuvoso, não só em Boa Vista, mas também nos municípios a Nordeste do Estado, como Bonfim e Normandia”, afirmou.
Como haverá maior incidência de raios neste período, o meteorologista destacou os cuidados que as pessoas devem tomar para não se envolverem em acidentes.
“Há uma preocupação maior neste período devido à grande incidência de nuvens carregadas, que proporcionam raios, e não é prudente ficar em áreas abertas expostos a raios, debaixo de árvores e malocas, além de evitar manusear celulares e objetos eletroeletrônicos que estejam ligados na tomada de energia”, afirmou. (R.R)