Em uma área total de 19.055,55 m2 que antes estava coberta por matagal e que também abriga nas proximidades o igarapé Pricumã, está sendo construída uma praça de responsabilidade da prefeitura. O projeto em formato linear, que visa contemplar espaços urbanos com iniciativas sustentáveis para a ocupação de terrenos que protegem, recuperaram áreas verdes, controlam enchentes, abrigam práticas de lazer, esporte, cultura e ainda contribuem com alternativas de mobilidade urbana sem o uso de automóveis, terá como localização a travessa José Francisco, entre as avenidas dos Bandeirantes e dos Imigrantes, no bairro Cinturão Verde.
Conforme dito pela prefeitura Municipal de Boa Vista, a Praça custará um valor total de R$ 1.464.918,29. O dinheiro é proveniente de recursos do Ministério da Defesa por meio do programa Calha Norte, que tem o propósito de promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado da região amazônica.
A obra, que já está em fase de iniciação desde julho, será realizada em apenas uma etapa e possui previsão de término até dezembro deste ano. Semelhante à Praça do Mirandinha, localizada no bairro Caçari, ainda contará com espaço de práticas esportivas e lazer que, de acordo com informações da prefeitura de Boa Vista, será feita por meio de um trabalho que envolve urbanização, paisagismo, iluminação, acessibilidade e drenagem.
Sulamita de Araújo possui um comércio em frente à futura praça há quase dois anos, e para ela, a obra trará maior sensação de segurança aos moradores.
“A região não possui muita iluminação e diversas vezes já presenciamos a polícia realizar rondas no local porque era um espaço ideal para a bandidagem se esconder. Se não fosse a movimentação dos carros, estaríamos completamente sozinhos e para quem tem comércio o horário da noite é o mais difícil para manter as portas abertas. Outro grande ganho é que muitas pessoas serão atraídas a comprar conosco, pois vendemos de tudo”, declarou.
Karen da Silva mora no bairro Cinturão Verde e, segundo ela, a finalização da praça é aguardada com ansiedade. “Existe uma sensação de segurança quando existe movimentação de outras pessoas próximo de onde moramos. As praças nunca estão completamente vazias e área será extensa o suficiente até para a prática de atividades esportivas”.
Wellinton Oliveira disse que é um dos moradores mais antigos do bairro Cinturão verde, residindo há aproximadamente 15 anos em frente ao igarapé.
“A visão para a rua era somente de mato alto crescendo. As obras já começaram a dar resultados, porque como moro na parte mais baixa, a água entrava toda para o meu quintal e acredito que fizeram um trabalho de drenagem, porque nas últimas chuvas o problema não acontece. Outra situação recorrente é que muita gente vinha até aqui jogar animais mortos, e com a praça não haverá espaço para que isso ocorra”.