O Ministério da Agricultura (Mapa) liberou R$ 1 milhão para Roraima reativar as barreiras fitossanitárias dentro das ações de combate à mosca da carambola. A Portaria com a autorização para liberação do recurso deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta quinta-feira (5).
Com essa iniciativa os municípios de Rorainópolis, Caracaraí, Mucajaí, Cantá, Iracema, Caroebe, Baliza e São Luís e a parte urbana de Boa Vista, estão liberados para exportar a produção de frutos para outros estados e países.
“O sul do estado produz muitos citros e pimenta de cheiro. Só pra você ter uma ideia, agora estamos na safra e com essa liberação, a produção poderá sair com tranquilidade para outros estados e países” explicou o superintendente regional da Secretaria Federal de Agricultura (SFA), Plácido Alves.
O valor de uma emenda do senador Telmário Mota que estava contingenciado foi liberado pelo ministro Paulo Guedes após reunião ocorrida na semana passada com o governador Antônio Denarium, que vinha juntamente com a bancada federal e a superintendência do Mapa em Roraima trabalhando para minimizar os prejuízos que estavam sofrendo os agricultores por conta do fato do estado estar impedido de exportar frutos hospedeiros da praga. Estiveram presentes na reunião com o presidente da federação da agricultura e o secretário-executivo do MAPA, além da Coordenadora nacional da mosca Ana Gertrudes.
Segundo o superintendente do Mapa em Roraima, Plácido Alves, R$ 250 mil mensais devem ser destinados para pagamentos de diárias a policiais militares e servidores, além de pagamento de despesas, custeio e movimentação das barreiras fitossanitárias que precisavam de uma estrutura para funcionar.
“Esse recurso é apenas para essa parte da manutenção das barreiras. O governo do estado e a superintendência do Mapa conseguiram toda a estrutura, mesas, cadeiras, computadores e veículos para que elas ficassem 100% ativas como estão agora” explicou Plácido.
LIMITAÇÃO – Por enquanto, permanecem com limitação de exportação os municípios de Bonfim, Pacaraima, Normandia, Uiramutã, Amajarí e Alto Alegre, além de parte da zona rural de Boa Vista. A capital conta hoje com uma barreira no Murupu, abrangendo a área do PA Nova Amazônia, que mesmo não apresentando foco da praga na região, está com restrição.
O estado tinha seis barreiras que tiveram que ser desativadas por falta de recurso e após aparecer focos na comunidade da Barata no Alto Alegre, o estado ficou proibido de exportar frutos hospedeiros. “Agora colocamos três novas barreiras, no Alto Alegre, outra no Recrear e outra no Murupu, para poder o estado ter a segurança fitossanitária que os produtos hospedeiros não vão sair dessa área.
“E isso só foi possível graças a intervenção do governo junto ao Ministério da Economia. O deputado Haroldo da Cathedral também conseguiu trazer um técnico do Mapa para Roraima para fazer um parecer autorizando a liberação do recurso. Ele conseguiu a vinda dessa técnica com o Secretário Executivo do MAPA, Marcos Montes, ministro que é do seu partido. O Ministério da Economia liberou R$ 5 milhões e desse total R$ 1 milhão veio para Roraima” disse Plácido.
DESATIVAÇÃO – No ano passado, a mosca da carambola tinha sido erradicada de 11 dos 15 municípios do estado e os frutos foram considerados livres para exportação, mas focos da praga voltaram a ser detectados e por conta da desativação das barreiras, o estado ficou impedido de exportar.
A praga não ataca somente a carambola, mas também outros frutos como acerola, taperebá, tangerina, manga, goiaba, laranja, caju, tomate, jaca, jambo e pimenta.